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ACP: "Novo saque fiscal" prejudica sector automóvel

O Automóvel Club de Portugal (ACP) condenou hoje o "novo saque fiscal" aos automobilistas da proposta do Orçamento do Estado para 2018 (OE2018), acusando o Governo de estar obcecado com a arrecadação de receita fiscal.

Miguel Baltazar
16 de Outubro de 2017 às 13:50
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"Em todos os aspectos, é um Orçamento sem outro objectivo além da receita fiscal", afirma o ACP, em comunicado hoje divulgado, acusando ainda o executivo de uma "grave falta" de articulação interna e um "profundo desrespeito" pelos automobilistas.

 

A proposta de OE para o próximo ano, entregue na sexta-feira ao parlamento, introduz um aumento médio de 1,4% do Imposto Único de Circulação (IUC), o antigo selo do carro, mantendo os adicionais ao IUC e ao Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP).

 

Além destes aumentos, o ACP critica a subida do imposto de selo no crédito ao consumo, que diz ter "um aumento significativo" na compra de automóveis ao longo deste ano.

 

"Nos carros novos, pagam os ligeiros de passageiros, os ligeiros de mercadorias e as motos. Sejam mais ou menos poluentes, todos vão pagar mais", lamenta, considerando que "é um Orçamento sem outro objectivo além da receita fiscal".

 

Na proposta de OE2018 o executivo prevê um défice orçamental de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) e um crescimento económico de 2,2% no próximo ano.

 

O Governo melhorou também as estimativas para este ano, prevendo um crescimento económico de 2,6% e um défice orçamental de 1,4%. Quanto à taxa de desemprego, deve descer de 9,2% este ano para 8,6% no próximo.

 

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