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OE2021: PCP admite divergências, mas promete diálogo com Governo "sem birras"
Pondo de parte "estilos", porque "cada qual é como cada um", o líder comunista repetiu que o partido só decidirá "perante os conteúdos concretos" e que está disposto a trabalhar sobre esta proposta, "não procurando fazer qualquer birra, mas com objetividade e profundidade" para "analisar o que lá está e lá faz falta".
13 de Outubro de 2020 às 01:37
O líder do PCP admitiu na segunda-feira que o "esforço de aproximação" do Governo nas propostas comunistas para o Orçamento do Estado "não chega" para o viabilizar, mas prometeu continuar a falar com os socialistas "sem birras".
Jerónimo de Sousa, entrevistado do programa Polígrafo, da SIC-Notícias, poucas horas depois de ter sido entregue o Orçamento do Estado de 2021 (OE2021), não revelou como vai votar o partido, manteve todas as opções em aberto e lembrou que há várias fases para discutir o orçamento, como o debate na generalidade e especialidade, na Assembleia da República.
"Não, não é 'nim', nem sim nem não", insistiu Jerónimo, questionado sobre o sentido de voto, sobre se podia dizer, como fez Catarina Martins, do Bloco de Esquerda, que, tal como está, não tinha condições para viabilizar o orçamento.
Pondo de parte "estilos", porque "cada qual é como cada um", o líder comunista repetiu que o partido só decidirá "perante os conteúdos concretos" e que está disposto a trabalhar sobre esta proposta, "não procurando fazer qualquer birra, mas com objetividade e profundidade" para "analisar o que lá está e lá faz falta".
Aquilo que já soube sobre a resposta dada pelo Governo às propostas dos comunistas para o Orçamento "não chega", afirmou, considerando-a "claramente insuficiente", dando como exemplos os aumentos das reformas e pensões e o não alargamento do subsídio de desemprego a mais trabalhadores.
Se é certo que o executivo "aceitou parcialmente" o subsídio de salubridade, penosidade e risco, "deixa muitos trabalhadores de fora", o mesmo acontecendo com o subsídio de risco para quem está na "linha da frente" no combate à pandemia de covid-19, mas em que há "um esquecimento total em relação às forças de segurança", disse.
Não chega, justificou, "por que não corresponde aos objetivos centrais" colocado pelo PCP, que apresentou 46 propostas.
"Houve um esforço de aproximação, mas claramente insuficiente em muitas matérias, como quanto aos lares, creches ou na proteção aqueles que perderam tudo", disse.
Na proposta de Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), entregue na segunda-feira no parlamento, o Governo prevê para este ano uma recessão de 8,5% e que a economia cresça 5,4% em 2021 e 3,4% em 2022, "ano em que se alcança um nível de PIB equivalente ao registado no período pré-crise pandémica".
Segundo a proposta de Orçamento, também será em 2022 que Portugal voltará a cumprir as regras impostas por Bruxelas relativas ao défice orçamental, que deverá atingir 7,3% do PIB em 2020, 4,3% em 2021 e 2,8% em 2022.
O Governo estima que o rácio da dívida pública registe uma melhoria em 2021, passando a representar 130,9% do PIB, depois de atingir os 134,8% em 2020.
Quanto ao desemprego, este ano deverá subir até uma taxa de 8,7%, descendo em 2021 para os 8,2%.
Jerónimo de Sousa, entrevistado do programa Polígrafo, da SIC-Notícias, poucas horas depois de ter sido entregue o Orçamento do Estado de 2021 (OE2021), não revelou como vai votar o partido, manteve todas as opções em aberto e lembrou que há várias fases para discutir o orçamento, como o debate na generalidade e especialidade, na Assembleia da República.
Pondo de parte "estilos", porque "cada qual é como cada um", o líder comunista repetiu que o partido só decidirá "perante os conteúdos concretos" e que está disposto a trabalhar sobre esta proposta, "não procurando fazer qualquer birra, mas com objetividade e profundidade" para "analisar o que lá está e lá faz falta".
Aquilo que já soube sobre a resposta dada pelo Governo às propostas dos comunistas para o Orçamento "não chega", afirmou, considerando-a "claramente insuficiente", dando como exemplos os aumentos das reformas e pensões e o não alargamento do subsídio de desemprego a mais trabalhadores.
Se é certo que o executivo "aceitou parcialmente" o subsídio de salubridade, penosidade e risco, "deixa muitos trabalhadores de fora", o mesmo acontecendo com o subsídio de risco para quem está na "linha da frente" no combate à pandemia de covid-19, mas em que há "um esquecimento total em relação às forças de segurança", disse.
Não chega, justificou, "por que não corresponde aos objetivos centrais" colocado pelo PCP, que apresentou 46 propostas.
"Houve um esforço de aproximação, mas claramente insuficiente em muitas matérias, como quanto aos lares, creches ou na proteção aqueles que perderam tudo", disse.
Na proposta de Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), entregue na segunda-feira no parlamento, o Governo prevê para este ano uma recessão de 8,5% e que a economia cresça 5,4% em 2021 e 3,4% em 2022, "ano em que se alcança um nível de PIB equivalente ao registado no período pré-crise pandémica".
Segundo a proposta de Orçamento, também será em 2022 que Portugal voltará a cumprir as regras impostas por Bruxelas relativas ao défice orçamental, que deverá atingir 7,3% do PIB em 2020, 4,3% em 2021 e 2,8% em 2022.
O Governo estima que o rácio da dívida pública registe uma melhoria em 2021, passando a representar 130,9% do PIB, depois de atingir os 134,8% em 2020.
Quanto ao desemprego, este ano deverá subir até uma taxa de 8,7%, descendo em 2021 para os 8,2%.