Notícia
Teodora Cardoso: "A banca vai sempre arranjar esquemas. É normal"
Para Teodora Cardoso, presidente do Conselho das Finanças Públicas, é normal que a banca aposte no crédito ao consumo e ao investimento. Afinal, os bancos precisam de captar capital e, para isso, precisam de o remunerar.
22 de Setembro de 2018 às 21:00
Teodora Cardoso, presidente do Conselho das Finanças Públicas (CFP), desvaloriza o facto de os bancos procurarem formas de continuar a potenciar o crédito ao consumo e à habitação, apesar dos travões já implementados pelo Banco de Portugal. "A banca vai sempre arranjar esquemas. Faz parte da vida normal", diz, em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1.
A presidente do CFP diz que o Banco de Portugal está "muitíssimo atento" e que tem actualmente mais ferramentas para agir do que aquando da crise financeira global. Seja como for, nota, não foi aí que o problema estalou na economia portuguesa.
Agora, apesar de reconhecer os riscos no sector imobiliário, que merecem atenção, Teodora Cardoso argumenta que se trata sobretudo de um problema de "preços das casas" que são "de certa maneira locais". E dá o exemplo de Lisboa.
Além disso, a ex-administradora do Banco de Portugal diz compreender que os bancos acabem por apostar no crédito ao consumo e à habitação, tendo em conta os incentivos que lhes são dados. É que a banca precisa de captar capital e, para isso, há que remunerá-lo, frisa.
"Onde é que têm uma saída para efectivamente gerarem receitas rapidamente? No crédito ao consumo e ao imobiliário. É o que rende mais e que é, apesar de tudo, mais seguro. Não podemos culpá-los de usarem os incentivos que lhes estão a ser colocados", argumenta, explicando que "a política não está a conseguir estimular o investimento e facilitar as aplicações dos bancos nas empresas."
A presidente do CFP diz que o Banco de Portugal está "muitíssimo atento" e que tem actualmente mais ferramentas para agir do que aquando da crise financeira global. Seja como for, nota, não foi aí que o problema estalou na economia portuguesa.
Além disso, a ex-administradora do Banco de Portugal diz compreender que os bancos acabem por apostar no crédito ao consumo e à habitação, tendo em conta os incentivos que lhes são dados. É que a banca precisa de captar capital e, para isso, há que remunerá-lo, frisa.
"Onde é que têm uma saída para efectivamente gerarem receitas rapidamente? No crédito ao consumo e ao imobiliário. É o que rende mais e que é, apesar de tudo, mais seguro. Não podemos culpá-los de usarem os incentivos que lhes estão a ser colocados", argumenta, explicando que "a política não está a conseguir estimular o investimento e facilitar as aplicações dos bancos nas empresas."