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Sem apoios às famílias, CFP prevê excedente de 0,1% em 2023
Se o Governo não avançar com medidas de apoio às famílias em 2023, o Conselho das Finanças Públicas aponta para um excedente orçamental. Apoios de metade do 'pacote' agora em vigor levariam a um défice de 0,4% do PIB. Inflação deve manter-se alta em 2023 e economia trava a fundo, diz a entidade.
No relatório Perspetivas Económicas e Orçamentais 2022-2026, atualizado nesta quinta-feira, 22 de setembro, o CFP estima que a economia portuguesa trave a fundo em 2023 ao crescer 1,2%, depois de expandir acima dos 6% este ano (6,7% na estimativa da entidade).
Nestas contas, o CFP está a assumir a "reversão automática" no final de 2022 das medidas de mitigação do efeito do choque geopolítico e do apoio ao rendimento das famílias. Ou seja, que as medidas são temporárias e não têm impacto para o próximo ano.
Mas a entidade admite que o mais provável é que isso não aconteça. Por isso, e dado que as pressões inflacionistas se devem manter no próximo ano (a previsão da entidade é de que o IHPC seja de 5,1%), o CFP faz uma análise de sensibilidade e diz que manter pelo menos metade de algumas das medidas de apoio agravaria o saldo orçamental em 0,5 pontos percentuais. Contas feitas, haveria então um défice de 0,4% do PIB.
(Notícia em atualização)