Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Maria Luís espera que Schäuble continue com "razões para elogiar Portugal"

A vice-presidente do PSD, Maria Luís Albuquerque, expressou este sábado o desejo de que o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schäuble, continue com "razões para elogiar Portugal" por isso ser "o melhor "para o país.

Miguel Baltazar/Negócios
22 de Julho de 2017 às 23:17
  • 5
  • ...

Maria Luís Albuquerque falava à margem da apresentação do mandatário e candidato à Assembleia Municipal da lista de Cancela Moura, apoiado pela coligação PSD/CDS à Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, o eurodeputado social-democrata Paulo Rangel e a deputada centrista Cecília Meireles, respectivamente.

 

Numa reacção aos elogios feitos pelo ministro alemão ao desempenho do Governo português em entrevista ao semanário Expresso, a ministra das Finanças do anterior Governo passou ao lado da polémica. "Gostaria muito que o senhor Schäuble tivesse sempre razões para elogiar Portugal nesta matéria, independentemente de quem esteja no Governo porque era o melhor para todos nós", disse.

 

Num breve regresso ao passado, a vice-presidente social-democrata reconheceu que "há um caminho de consolidação das finanças públicas que prosseguiu no essencial com o Governo anterior". "Nós herdámos um défice de 11,2% e trouxemos esse défice, excluindo o efeito Banif, que já foi depois da saída do anterior governo passou para um valor inferior a 3%", sublinhou, para logo depois lembrar o "enorme esforço de consolidação das finanças públicas que vem de trás".

 

Invocando discordância com o modelo de consolidação seguido pelo actual Governo, disse-o por achar que "não é sustentável nem transparente", considerando que isso "hoje é evidente para todos". "Preocupa-nos muito aquilo a que estamos a assistir quer em temos de dívida pública, que continua a não dar sinais de baixar, e os recentes desenvolvimentos quanto ao défice externo do país, que são um indicador muito preocupante", disse.

 

Argumentando que "a preocupação com a consolidação da economia e das finanças do país tem de passar por mais do que algumas medidas de maquilhagem" como as verificadas "no orçamento de 2016", defendeu que só com "medidas sustentáveis e estruturais ou estruturantes" se conseguem "produzir os resultados que seriam necessários".

 

"Os resultados em termos de défice e a saída do procedimento por défice excessivo são manifestamente um resultado positivo para o país, como dissemos desde o início. Mas, mais uma vez, preocupa-nos muito a forma como estão a ser conseguidos e sobretudo a falta de sustentabilidade que os mesmos têm", alertou.

 

Da entrevista do antigo presidente do Banco Espírito Santo, Ricardo Salgado, Maria Luís Albuquerque afirmou que nada do que o antigo banqueiro afirmou quando imputou a culpa pela crise no banco ao Banco de Portugal "é novo".

 

"Tivemos uma comissão parlamentar de inquérito onde os vários intervenientes do processo, incluindo Ricardo Salgado tiveram a possibilidade de falar, portanto a entrevista não trouxe nada de novo relativamente aquilo que já foi dito antes", observou.

 

Ver comentários
Saber mais Maria Luís Albuquerque Cecília Meireles Paulo Rangel Schäuble Portugal
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio