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Grupo Luz Saúde foi o que mais faturou ao Estado com a pandemia

Investigação realizada pelo jornal Público revela que uma empresa do grupo detido pelos chineses da Fosun facturou 32,7 milhões de euros. Empresas com contratos de maior dimensão justificam a faturação com as relações que têm com a China.

O Regulamento Geral sobre a Protecção de Dados (“RGPD”) não veio impor uma ruptura ou mudança significativa das anteriores práticas e políticas em matéria de privacidade, porque a protecção de dados pessoais foi sempre uma grande preocupação do Grupo Luz Saúde. O novo quadro legal traz, no entanto, novos desafios em matéria de data governance e, em geral, de compliance com as novas regras, o que obrigou a uma revisão dos processos/procedimentos para a recolha e tratamento de dados pessoais, bem como a adaptação dos (e/ou investimento em) sistemas de informação, ou ainda o desenho de novos produtos e serviços.
Está em curso um exigente programa interno de compliance com o RGPD que vai decorrer até ao início de maio, sendo que neste momento o principal foco reside na definição de novos processos e procedimentos que serão aplicados transversalmente a toda a actividade Grupo Luz Saúde, de forma a assegurar que as operações de tratamento de dados estão em conformidade com as novas regras sobre a protecção de dados.
Já temos um encarregado de dados pessoais, que começou a colaborar com o Grupo Luz Saúde há bastante tempo. Como começamos a transição para o RGPD em 2016, antecipamo-nos à contratação do encarregado de dados e conseguimos identificar um recurso que está alinhado com os restantes colaboradores do Grupo Luz Saúde.
O cumprimento do programa de compliance em curso prevê que o Grupo Luz Saúde esteja em condições de assumir as novas obrigações impostas pelo RGPD a partir de maio.
O mais desafiante tem sido a implementação de uma política de awareness para o cumprimento das novas regras comum a todas as unidades de saúde do Grupo Luz Saúde e seus colaboradores, sem excepção, seja através da realização de sessões formativas ou pela revisão de situações comportamentais que estejam em desconformidade com o RGPD.
21 de Outubro de 2020 às 09:05
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A empresa GLSMed Trade, do grupo Luz Saúde, foi a que mais faturou em contratos feitos pelo Estado em resposta à pandemia. A subsidiária do grupo detido pelos chineses da Fosun vendeu 19,7 milhões de euros em equipamentos de proteção individual e 18,3 milhões de euros em testes, segundo revela esta quarta-feira o jornal Público, que fez uma análise a 15 mil contratos.

A principal cliente foi a Direção-Geral de Saúde, seguida, em menor grau, dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central e da Câmara de Lisboa. Ao Público, o grupo refere que as informações recebidas da China, através da Fosun, foram essenciais para ter uma noção do que poderia ser necessário.

A pesquisa do Público encontrou um total de 477,6 milhões de euros gastos pelo Governo, autarquias e instituições públicas com a pandemia, muitos dos quais ao abrigo do regime excecional de contratação, que dispensa a fiscalização prévia pelo Tribunal de Contas. Em causa estão equipamentos de proteção individual, ventiladores, e testes.

A segunda empresa que mais faturou foi a chinesa Guangdong H&P Import and Export Co (31 milhões de euros) e a portuguesa Enerre (22 milhões de euros em mais de cem contratos quase todos com a câmara de cascais), que de acordo com o seu sócio-gerente já tem 15 anos de experiência de importação da China.

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