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Governo: "Críticos do costume" são "piores do que São Tomé"

O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais aponta o dedo aos "mesmos do costume" que "são piores do que S. Tomé: mesmo vendo, não crêem" nos números da receita fiscal.

Bruno Simão/Negócios
05 de Novembro de 2014 às 16:53
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O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, criticou esta quarta-feira "os mesmos do costume", que duvidam que Portugal atingirá as metas da receita fiscal em 2015, afirmando serem "piores do que S. Tomé, [porque] mesmo vendo não crêem".

 

"Em 2013, os mesmos do costume diziam que era totalmente impossível atingir as metas da receita fiscal (...). Não só foram atingidas como largamente superadas. Em 2014, os mesmos repetem a mesma cartilha e vão-se enganar mais uma vez, as metas da receita fiscal vão atingir os objetivos e superar largamente essas estimativas", afirmou Paulo Núncio, no Porto, no debate sobre "Orçamento do Estado para 2015 e as reformas tributárias".

 

Questionado sobre quem são os "mesmos do costume", Paulo Núncio disse serem "todos aqueles que põem em causa as estimativas de receita fiscal fixadas pelo Governo", sem especificar mais. "Diria mesmo que os mesmos do costume são piores do que S. Tomé: mesmo vendo, não crêem", frisou.

 

Segundo Paulo Núncio, o Governo "já deu provas mais do que suficientes de que as metas que fixa são credíveis e que ao longo dos anos têm sido atingidas e até superadas", existindo "todas as condições para que as receitas fiscais em 2015 sejam não só atingidas como superadas".

 

"O que digo é que a receita e a superação da receita em 2015 dependerá do reforço das medidas de combate à fraude e de eficácia fiscal", bem como "da continuação do exercício da cidadania fiscal por parte dos contribuintes", salientou.

 

As declarações de Paulo Núncio surgem um dia depois de a Comissão Europeia ter posto em causa as previsões do Governo e horas antes de o FMI a secundar. Entretanto, também o Conselho de Finanças Públicas já veio avisar para a existência de "riscos não negligenciáveis" nas estimativas, fazendo igualmente referência ao facto de o Ministério das Finanças não responder às questões colocadas sobre as estimativas da receita de IRS e de IRC. Entre fiscalistas, os números também causam estranheza

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