Notícia
Governo espera ser possível em dois anos chegar à conjuntura económica de 2019
O Governo estima que, em dois anos, seja possível regressar à conjuntura económica de 2019, antes da recessão gerada pela pandemia de covid-19, ressalvando que isso depende da dimensão da crise sanitária, ainda incerta.
08 de Maio de 2020 às 22:10
"Neste momento, a incerteza é extremamente elevada e é muito difícil dizer quando é que as economias regressarão ao nível que tinham, por exemplo, no ano de 2019, mas [...] penso que será possível em cerca de dois anos regressar" à conjuntura económica do ano passado, disse o secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix.
Falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas por videoconferência, após uma reunião do Eurogrupo já realizada à luz das primeiras projeções de Bruxelas sobre o impacto da pandemia da covid-19 na economia europeia - divulgadas na quarta-feira e que antecipam para este ano uma contração sem precedentes na zona euro, de 7,7% do Produto Interno Bruto -, Ricardo Mourinho Félix declarou que a retoma económica "dependerá de um conjunto de variáveis".
Nestas previsões, a Comissão Europeia disse estimar que, após a recessão de 6,8% em Portugal este ano e de uma taxa de desemprego de 9,7%, se registe uma recuperação da economia portuguesa de 5,8% em 2021, bem como uma diminuição da taxa de desemprego para 7,4%.
"O entendimento que temos é que, dependendo obviamente daquilo que seja a dimensão da crise de saúde, será possível, se ela for suficientemente curta, recuperar as economias e regressar a uma nova normalidade num prazo relativamente breve", referiu Ricardo Mourinho Félix, destacando o "crescimento muito significativo" previsto por Bruxelas para o país no próximo ano.
Nesta reunião de hoje, o fórum informal de ministros das Finanças da área do euro discutiu a resposta económica europeia à crise gerada pela pandemia.
Por definir, e isso está nas mãos da Comissão Europeia e deverá ser apresentado nos próximos dias, está o novo fundo de recuperação, a resposta comunitária ao pós-pandemia.
Sobre esta questão, Ricardo Mourinho Félix notou existir "coro político" sobre a criação deste fundo, mas divergências sobre "a forma", como foi visível na última cimeira.
Num Conselho Europeu celebrado por videoconferência em final de abril passado, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia encarregaram a Comissão Europeia de apresentar "com caráter de urgência" uma proposta de fundo de recuperação da economia europeia para superar a crise provocada pela pandemia de covid-19, interligando-o de forma clara com uma proposta revista do orçamento plurianual para 2021-2027, que ainda não foi acordado entre os 27.
"A posição de Portugal é que esse fundo não pode afetar aquilo que são as prioridades do atual orçamento -- no que toca às políticas de coesão, à política agrícola, às prioridades da transição digital e da ação climática", sublinhou Ricardo Mourinho Félix.
Quanto ao conteúdo, "Portugal considera que deve ser feito esse financiamento aos Estados largamente através de subvenções", acrescentou o governante, admitindo também "alguns empréstimos", desde que tenham "maturidade suficientemente longa para diluir aquilo que são os custos".
Falando aos jornalistas portugueses em Bruxelas por videoconferência, após uma reunião do Eurogrupo já realizada à luz das primeiras projeções de Bruxelas sobre o impacto da pandemia da covid-19 na economia europeia - divulgadas na quarta-feira e que antecipam para este ano uma contração sem precedentes na zona euro, de 7,7% do Produto Interno Bruto -, Ricardo Mourinho Félix declarou que a retoma económica "dependerá de um conjunto de variáveis".
"O entendimento que temos é que, dependendo obviamente daquilo que seja a dimensão da crise de saúde, será possível, se ela for suficientemente curta, recuperar as economias e regressar a uma nova normalidade num prazo relativamente breve", referiu Ricardo Mourinho Félix, destacando o "crescimento muito significativo" previsto por Bruxelas para o país no próximo ano.
Nesta reunião de hoje, o fórum informal de ministros das Finanças da área do euro discutiu a resposta económica europeia à crise gerada pela pandemia.
Por definir, e isso está nas mãos da Comissão Europeia e deverá ser apresentado nos próximos dias, está o novo fundo de recuperação, a resposta comunitária ao pós-pandemia.
Sobre esta questão, Ricardo Mourinho Félix notou existir "coro político" sobre a criação deste fundo, mas divergências sobre "a forma", como foi visível na última cimeira.
Num Conselho Europeu celebrado por videoconferência em final de abril passado, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia encarregaram a Comissão Europeia de apresentar "com caráter de urgência" uma proposta de fundo de recuperação da economia europeia para superar a crise provocada pela pandemia de covid-19, interligando-o de forma clara com uma proposta revista do orçamento plurianual para 2021-2027, que ainda não foi acordado entre os 27.
"A posição de Portugal é que esse fundo não pode afetar aquilo que são as prioridades do atual orçamento -- no que toca às políticas de coesão, à política agrícola, às prioridades da transição digital e da ação climática", sublinhou Ricardo Mourinho Félix.
Quanto ao conteúdo, "Portugal considera que deve ser feito esse financiamento aos Estados largamente através de subvenções", acrescentou o governante, admitindo também "alguns empréstimos", desde que tenham "maturidade suficientemente longa para diluir aquilo que são os custos".