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Fora do PDE, metas de défice são mais ambiciosas

Ao abrigo das regras orçamentais que se aplicam fora do PDE, e que passarão a dominar a análise sobre o desempenho orçamental nacional, o país deverá ter de reduzir o saldo orçamental estrutural em 0,5 a 0,6 pontos de PIB por ano.

Miguel Baltazar
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Um dos paradoxos da saída do Procedimento é que Portugal poderá ficar sujeito a objectivos de ajustamento orçamental ainda mais ambiciosos, como o Negócios evidenciou há uma semana. Ao abrigo das regras orçamentais que se aplicam fora do PDE, e que passarão a dominar a análise sobre o desempenho orçamental nacional, o país deverá ter de reduzir o saldo orçamental estrutural em 0,5 a 0,6 pontos de PIB por ano. Em 2016, esse ajustamento foi de apenas 0,2 pontos. 

 

Esse ponto é sublinhado na análise mais recente da Moody's sobre Portugal, publicada sexta-feira, evidenciando que daí podem vir mais dificuldades para a gestão política no país. Os analistas da agência confiam que o compromisso do Governo com a consolidação orçamental em 2016 "deverá ser suficiente para o país sair do Procedimento no Verão", mas isso também "significa que Portugal terá de cumprir com objectivos orçamentais estruturais mais desafiantes no futuro". A necessidade de adoptar mais medidas de consolidação pode provar-se "desafiante" para o Governo, escrevem os analistas da empresa de avaliação de risco soberano.

 

Na análise, a agência de notação de risco antecipa que a subida do PIB abrande de 1,7% este ano para 1,4%, em 2018, aquém das estimativas do Governo que apontam para um crescimento da economia de 1,8% este ano e 1,9% em 2018. Para a Moody's, o défice de 2017 deverá ser de 1,8%, deteriorando-se para 2% do PIB em 2018, o que compara com os 1% previstos por Mário Centeno.

A Moody's decide sobre "rating" de Portugal apenas a 1 de Setembro.  

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