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Endividamento da economia encolheu para 301,3% do PIB em 2023

Endividamento do setor não financeiro aumentou, em termos nominais, em 2023. Mas, como o crescimento do PIB foi superior, o rácio de endividamento da economia reduziu-se face ao ano anterior. Dívida das famílias e empresas subiu menos, em termos nominais, do que a do setor público, mas endividamento do setor privado continua a pesar mais.

Até 2060, peso de receita necessária cairá para 40% do PIB.
Mariline Alves
22 de Fevereiro de 2024 às 11:13
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O rácio de endividamento da economia reduziu-se em 2023, apesar de ter aumentado em termos nominais. Os dados do Banco de Portugal (BdP), divulgados esta quinta-feira, revelam que o endividamento do Estado, famílias e empresas (excluindo a banca), encolheu 28,4 pontos percentuais para 301,3% do PIB.

"Apesar de o endividamento do setor não financeiro ter aumentado nominalmente em 2023, o crescimento do PIB foi superior. Por essa razão, o endividamento do setor financeiro em percentagem do PIB decresceu", explica o BdP.

No caso do setor público, o rácio de endividamento reduziu-se de 145% para 132,7% (menos 12,3 pontos percentuais). Já o endividamento privado registou um decréscimo percentual ainda mais expressivo: diminuiu de 184,7% para 168,6% do PIB (menos 16,1 pontos percentuais).

Porém, em termos nominais, o endividamento do setor não financeiro aumentou 4,2 mil milhões de euros, para 803,1 mil milhões de euros. Desse montante, 449,3 mil milhões diziam respeito ao setor privado (empresas e famílias) e 353,8 mil milhões de euros ao setor público (administrações públicas e empresas públicas).

No setor público, a dívida subiu 2,5 mil milhões de euros face a 2022, tendo esse acréscimo sido registado sobretudo junto das administrações públicas (12,1 mil milhões) e dos particulares (10,1 mil milhões), "devido ao investimento em certificados de aforro". Por outro lado, o endividamento do setor público caiu junto do exterior (11,9 mil milhões) e do setor financeiro (7,4 mil milhões).

Já a dívida do setor privado cresceu 1,7 mil milhões de euros face ao ano anterior. No caso das empresas, a dívida aumentou 2,7 mil milhões. Essa subida deu-se sobretudo perante o exterior (3,3 mil milhões) e as empresas (0,7 mil milhões). Em contrapartida, esse aumentou foi "parcialmente compensado por uma redução de 1,0 mil milhões de euros junto do setor financeiro". 

Em relação à dívida dos particulares (famílias e instituições sem fim lucrativo ao serviço das famílias), verificou-se um decréscimo de mil milhões de euros, essencialmente junto do setor financeiro (1,2 mil milhões de euros). 

(notícia atualizada às 11:26)
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