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Dilma substitui ministro das Finanças

Nelson Barbosa vai substituir Joaquim Levy. O novo ministro das Finanças de Dilma deverá defender uma menor disciplina orçamental e mais medidas para impulsionar a economia.  

Bloomberg
Negócios 18 de Dezembro de 2015 às 21:57
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Depois de meses de especulação, a presidente do Brasil oficializou esta sexta-feira a substituição do ministro das Finanças Joaquim Levy (na foto). A escolha recaiu sobre Nelson Barbosa, que já integra o executivo de Dilma Rousseff, com a pasta da economia.

 

A troca de titulares na pasta das Finanças ocorre numa altura de forte crise na economia brasileira, que atravessa a recessão mais forte desde 1931, tem o seu "rating" no lixo e uma crise política com pedidos de destituição de Dilma Rousseff.

 

A decisão foi para já mal recebida no mercado, com o real a prolongar a tendência negativa e o principal índice da bolsa brasileira a atingir mínimos desde 2009. A Bloomberg dá conta que esta primeira reacção dos investidores sinaliza a expectativa que o novo ministro das Finanças alivie a política de restrição orçamental.  

 

"A saída de Levy é claramente negativa", disse à agência de notícias o gestor de activos Philip Blackwood. "Não estou a dizer que Barbosa vá ser um irresponsável orçamental, mas provavelmente não tem o sentido de urgência que as autoridades necessitam para dar a volta às contas públicas muito rapidamente", afirmou Alberto Ramos, economista-chefe do Goldman Sachs para a América Latina.  

 

O Globo adianta que Barbosa foi um dos principais opositores de Levy no Governo, tendo discordado das medidas para equilibrar a dívida pública e das metas para o excedente primário. A publicação brasileira adianta que o novo ministro das Finanças tem um mais técnico do que político e tem grande afinidade com Dilma.

 

Quando ganhou as eleições em Novembro do ano passado, a Presidente do Brasil escolheu Levy para ministro das Finanças devido à credibilidade do anterior ministro nos mercados financeiros. Levy era o CEO do banco de investimento do Bradesco, um dos principais bancos do país. Deixa agora o cargo com o défice orçamental do Brasil no nível mais elevado de sempre e com a inflação em dois dígitos.

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