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Credores europeus aprovam reembolso antecipado de dois mil milhões de euros de Portugal
Os credores europeus aprovaram o reembolso antecipado de dois mil milhões de euros. Este é o primeiro pagamento antecipado que Portugal faz da parte do empréstimo que recebeu da Europa.
Os credores europeus aprovaram o reembolso antecipado de dois mil milhões de euros por parte de Portugal. O Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), liderado por Klaus Regling (na foto), anunciou esta quinta-feira, 5 de setembro, que Portugal foi autorizado a fazer o reembolso antecipado que tinha sido anunciado pelo ministro das Finanças, Mário Centeno.
O pagamento antecipado de dois mil milhões de euros corresponde ao pagamento total de um tranche do empréstimo cuja maturidade era de agosto de 2025. Além disso, engloba também o pagamento parcial de uma tranche com maturidade de dezembro de 2025. Esse ano fica assim com um perfil de pagamentos menos intenso para o IGCP, a agência que gere a dívida pública.
"O pedido de Portugal para um pagamento antecipado do empréstimo confirma que o país tem um forte acesso aos mercados e uma posição de liquidez confortável", afirma Regling no comunicado, referindo que o crescimento económico de Portugal "mantém-se forte apesar da desaceleração da Zona Euro". Em causa está a estabilização do crescimento do PIB português no segundo trimestre ao passo que o PIB da Zona Euro travou.
No final do ano passado, após vários pagamentos antecipados, Portugal concluiu o pagamento total da parte do empréstimo da troika que tinha sido financiado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), cerca de 26 mil milhões de euros. Quando autorizaram Portugal a pagar antecipadamente ao FMI, os credores europeus tinham exigido ao país que iniciasse os pagamentos à Europa entre 2020 e 2023, o que acaba por acontecer já em 2019.
No total, os credores europeus emprestaram cerca de 51 mil milhões de euros a Portugal. Com este pagamento antecipado, o Governo português consegue assim substituir dívida com juros mais altos - o custo estimado do empréstimo do MEEF é de 2,6% e o do FEEF é de 1,7% - por financiamento nos mercados a juros mais baixos numa altura em que as "yields" associadas às obrigações soberanas da Zona Euro estão em mínimos históricos.
Segundo disse Centeno à Lusa no início de agosto, este pagamento "trará poupanças superiores a 100 milhões de euros em juros adicionais para Portugal nos próximos anos".
(Notícia atualizada às 11:30)
O pagamento antecipado de dois mil milhões de euros corresponde ao pagamento total de um tranche do empréstimo cuja maturidade era de agosto de 2025. Além disso, engloba também o pagamento parcial de uma tranche com maturidade de dezembro de 2025. Esse ano fica assim com um perfil de pagamentos menos intenso para o IGCP, a agência que gere a dívida pública.
"Apoio totalmente o pagamento antecipado do empréstimo na medida em que isso melhora a sustentabilidade da dívida [pública] de Portugal", afirma o presidente do MEE. O Mecanismo revela que o ministro das Finanças, Mário Centeno, entregou um pedido formal para um pagamento antecipado a 28 de junho, o qual foi agora aceite.EFSF approves €2 billion early loan repayment by Portugal. Press release: https://t.co/ds39zb9zeX pic.twitter.com/L1ObzQBdRg
— ESM (@ESM_Press) September 5, 2019
No final do ano passado, após vários pagamentos antecipados, Portugal concluiu o pagamento total da parte do empréstimo da troika que tinha sido financiado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), cerca de 26 mil milhões de euros. Quando autorizaram Portugal a pagar antecipadamente ao FMI, os credores europeus tinham exigido ao país que iniciasse os pagamentos à Europa entre 2020 e 2023, o que acaba por acontecer já em 2019.
No total, os credores europeus emprestaram cerca de 51 mil milhões de euros a Portugal. Com este pagamento antecipado, o Governo português consegue assim substituir dívida com juros mais altos - o custo estimado do empréstimo do MEEF é de 2,6% e o do FEEF é de 1,7% - por financiamento nos mercados a juros mais baixos numa altura em que as "yields" associadas às obrigações soberanas da Zona Euro estão em mínimos históricos.
Segundo disse Centeno à Lusa no início de agosto, este pagamento "trará poupanças superiores a 100 milhões de euros em juros adicionais para Portugal nos próximos anos".
(Notícia atualizada às 11:30)