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CDS-PP diz que valor do défice é "particularmente preocupante"

"Mesmo estes valores são conseguidos à custa da fiscalidade e sobretudo da fiscalidade 'à la esquerda', que é acentuar os impostos sobre a classe média e as empresas", afirmou a vice-presidente centrista Cecília Meireles.

25 de Agosto de 2016 às 18:49
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A vice-presidente do CDS-PP Cecília Meireles (na foto) defendeu que o valor do défice hoje divulgado é "particularmente preocupante", sublinhando igualmente o aumento dos impostos indirectos e os pagamentos em atraso expressos na síntese de execução orçamental.

"Em primeiro lugar, salientava como muito preocupante o valor do próprio défice porque passou, em valores acumulados, em Junho, de 2800 milhões, para, em Julho, quase 4900 milhões de euros. Estamos a falar de um aumento substancial apenas num mês e isto significa também que a diferença em relação ao défice do ano passado diminuiu bastante, o que é particularmente preocupante quando sabemos que o objectivo do défice é chegar aos 2,2%", afirmou Cecília Meireles à Lusa.

Segundo a Direcção-Geral do Orçamento (DGO), o défice orçamental, registado em contas públicas, atingiu os 4.980,6 milhões de euros até Julho, uma melhoria de 542,8 milhões de euros face ao mesmo período do ano passado.

A evolução do défice das administrações públicas entre Janeiro e Julho "resultou de um crescimento da receita (2,8%) superior ao da despesa (1,3%)", de acordo com a síntese de execução orçamental, que indicou também que o comportamento da receita "reflecte principalmente o aumento da receita fiscal e contributiva".

"Mesmo estes valores são conseguidos à custa da fiscalidade e sobretudo da fiscalidade 'à la esquerda', que é acentuar os impostos sobre a classe média e as empresas. Aquilo que está a suportar o crescimento da receita fiscal são os impostos indirectos e é sobretudo o imposto sobre os produtos petrolíferos", argumentou Cecília Meireles.

A dirigente e deputada centrista sublinhou que "os outros impostos não estão a evoluir favoravelmente, sobretudo os que têm a ver com o crescimento económico, o IRC e o IVA".

"Estes valores continuam também a demonstrar que a despesa está muito longe de estar controlada, diria que, quanto muito, está disfarçada. Quer os valores dos passivos não financeiros, quer, sobretudo, os pagamentos em atraso, que têm vindo a aumentar paulatinamente desde o princípio do ano, mantêm-se praticamente inalterados", sustentou.
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