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Bruxelas garante: Programa da troika termina em Maio como previsto

Bruxelas nega adiamento da saída da troika de Portugal. É por causa de “papelada, não de política” que uma parte da última fatia do empréstimo externo chegará em Junho, mas o programa de assistência financeira termina em 17 de Maio, reitera fonte da Comissão Europeia ao Negócios. Sobre o pós-troika, o comissário do euro continua a achar que uma linha de crédito cautelar é a melhor opção para Portugal.

Bloomberg
01 de Abril de 2014 às 11:54
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A Comissão Europeia negou nesta terça-feira, 1 de Abril, que haja qualquer intenção de prolongar o programa de assistência financeira da troika até ao fim de Junho para permitir que a decisão sobre o enquadramento financeiro posterior seja tomada já depois das eleições europeias, agendadas para 25 de Maio.

 

Em declarações ao Negócios, fonte oficial da Comissão confirma que haverá uma extensão “puramente técnica” relacionada com a parte do último desembolso a cargo do MEEF - o Mecanismo Financeiro garantido pelo Orçamento da União Europeia que assegura um terço dos empréstimos a Portugal, sendo os outros dois terços assegurados em partes iguais pelo FMI e pelo FEEF/MEE (fundo de resgate garantido apenas pelos países do euro) - sublinhado que isso não põe em causa a conclusão do programa, em 17 de Maio, como previsto.

 

"Não há absolutamente nenhuma consideração de políticas ou de política por detrás da extensão técnica do programa português, que chegará formalmente ao fim em 17 de Maio. A extensão é puramente técnica e está relacionada com o desembolso final do MEEF que, por razões processuais deverá ser feita em Junho (uma extensão semelhante foi acordado para a Irlanda).Trata-se de papelada, não de política”, refere a fonte oficial da Comissão.

 

A Comissão Europeia reage deste modo ao texto publicado no “Wall Street Journal”, segundo o qual Bruxelas e o FMI querem manter a troika em Portugal até ao fim de Junho e só então, volvidas as eleições europeias de 25 de Maio, é que quererão decidir o pós-troika, acreditando que as possibilidades de um consenso político alargado ao PS estarão, então, ampliadas. Esse adiamento, referia ainda o jornal norte-americano, permitiria também aos Governos europeus concentrarem-se no caso mais bicudo e urgente da Grécia, podendo Portugal ser tratado numa fase posterior.

 

Sobre o pós-troika, o  comissário europeu dos Assuntos Económicos, Olli Rehn, reafirmou nesta terça-feira em Atenas - onde estão reunidos informalmente os ministros europeus das Finanças – que o assunto será discutida nas próximas semanas, tendo reiterado a sua preferência por uma saída com um programa cautelar. “Somos da opinião, e continuamos a ser da opinião, que mais vale prevenir que remediar, mas ao mesmo tempo tem havido melhorias significativas na economia portuguesa e na percepção que os mercados têm" da economia portuguesa, afirmou Olli Rehn, citado pela Lusa.

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