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Grécia realiza a primeira grande privatização e encaixa 712 milhões de euros
O fundo de desenvolvimento de activos da república helénica (TAIPED) anunciou a venda de 33% da participação estatal da OPAP ao consórcio Emma Delta, depois de ter visto a primeira oferta melhorada em 30 milhões, para 712 milhões de euros.
A venda da participação do Estado grego na OPAP é a primeira grande privatização do país. A primeira oferta foi de 682 milhões de euros, um valor que foi recusado, sendo posteriormente melhorada em 30 milhões, para 712 milhões de euros. Este valor situa-se 18 milhões de euros abaixo do que o TAIPED esperava receber com a venda, segundo o Ekathimerini.
Do valor total, 622 milhões vão ser pagos mal o contrato seja assinado, 60 milhões serão pagos com os dividendos da empresa, e os últimos 30 milhões durante a próxima década, provavelmente em 10 tranches de três milhões de euros cada.
O ministro das Finanças grego, Yannis Stournaras, falou em “sucesso” na primeira grande venda do país. Afirmou que há muitos benefícios para o Estado, “porque a confiança dos fundos de investimento na Grécia está à prova”. Acrescentou ainda que acredita que o programa de privatizações vai ajudar o país a sair da crise.
O TAIPED anunciou que o consórcio Emma Delta ofereceu um valor 18,6 vezes superior aos lucros estimados da OPAP para 2013. “Se a OPAP não fosse privatizada, o Estado iria recolher um dividendo da empresa de apenas 13 milhões, este ano, e não mais de 360 milhões na próxima década, que é cerca de 50% do que vai receber com a privatização”.
Entretanto, a TAIPED decidiu estender o prazo para a submissão de propostas pela DEPA e pela DESFA em 10 dias, até 20 de Maio, depois de um pedido da gigante energética russa Gazprom.
A Grécia tem um plano de privatizações que deverão permitir encaixar dinheiro, no âmbito do programa de assistência financeiro.