Notícia
Schäuble diz que Sul da Europa consegue suportar euro forte
O responsável pelas Finanças de Berlim reconhece os progressos melhores do que o esperado de Portugal e arrisca que a Zona Euro vai crescer em 2017 mais que o previsto: "Há uma dinâmica de recuperação económica".
27 de Maio de 2017 às 11:57
O ministro alemão das Finanças considera que o um euro forte não é um problema para as economias do Sul da Europa, como Espanha ou Portugal, e admite que é preciso partilhar riscos entre países mais ricos e pobres. Mas não só os riscos.
Em entrevista à Euronews, Wolfgang Schäuble reconhece o caso específico de Portugal, que "está a ir muito melhor do que o previsto" e que a evolução económica na vizinha Espanha é prova de que há capacidade para crescer com uma moeda valorizada como a divisa única europeia.
"Há uma dinâmica de recuperação económica. É o que está a acontecer em Espanha, em Portugal e, espero, venha a acontecer em Itália e na Grécia, claro," afirma, dizendo ainda que espera que o crescimento este ano na Zona Euro venha a ser maior que o esperado.
Sobre as diferenças de desenvolvimento entre Estados-membros mais ricos e mais pobres, Schäuble diz-se defensor de uma integração europeia para colmatar este fosso.
"Temos de partilhar os riscos. Mas não podemos só partilhar os riscos. Temos de aprender a reduzi-los, incentivar os que cumprem (…). Se todos se portassem tão bem como a Espanha se portou nos últimos anos, não havia problemas na zona euro.
Recusando questionar o sucesso do projecto europeu, o ministro germânico concede que
não foi possível "criar simultaneamente as bases de um mercado comum sustentável no futuro." Ainda assim, diz preferir o bloco europeu - que gasta o dobro de economias desenvolvidas como Canadá ou EUA – aos modelo dos Estados Unidos.
"A crise do euro começou com um banco chamado Lehman Brothers. E, se não estou em erro, esse banco não ficava na Alemanha. Nem na Bélgica. Ficava nos Estados Unidos," nota.
Por outro lado, lamenta que apesar de a União Europeia ter sido "muito bem-sucedida, na criação de um mercado comum integrado", só os britânicos questionem este facto. "Toda a gente tem os seus próprios desafios a enfrentar. Creio que os britânicos vão aperceber-se do erro que foi o Brexit, adiciona.
Em relação ao proteccionismo sugerido pelas medidas prometidas por Donald Trump em campanha, não receia que seja um perigo para a Europa, mas sim para o resto do mundo.
Em entrevista à Euronews, Wolfgang Schäuble reconhece o caso específico de Portugal, que "está a ir muito melhor do que o previsto" e que a evolução económica na vizinha Espanha é prova de que há capacidade para crescer com uma moeda valorizada como a divisa única europeia.
Sobre as diferenças de desenvolvimento entre Estados-membros mais ricos e mais pobres, Schäuble diz-se defensor de uma integração europeia para colmatar este fosso.
"Temos de partilhar os riscos. Mas não podemos só partilhar os riscos. Temos de aprender a reduzi-los, incentivar os que cumprem (…). Se todos se portassem tão bem como a Espanha se portou nos últimos anos, não havia problemas na zona euro.
Recusando questionar o sucesso do projecto europeu, o ministro germânico concede que
não foi possível "criar simultaneamente as bases de um mercado comum sustentável no futuro." Ainda assim, diz preferir o bloco europeu - que gasta o dobro de economias desenvolvidas como Canadá ou EUA – aos modelo dos Estados Unidos.
"A crise do euro começou com um banco chamado Lehman Brothers. E, se não estou em erro, esse banco não ficava na Alemanha. Nem na Bélgica. Ficava nos Estados Unidos," nota.
Por outro lado, lamenta que apesar de a União Europeia ter sido "muito bem-sucedida, na criação de um mercado comum integrado", só os britânicos questionem este facto. "Toda a gente tem os seus próprios desafios a enfrentar. Creio que os britânicos vão aperceber-se do erro que foi o Brexit, adiciona.
Em relação ao proteccionismo sugerido pelas medidas prometidas por Donald Trump em campanha, não receia que seja um perigo para a Europa, mas sim para o resto do mundo.