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Inflação na Zona Euro dispara para 1,8% em Janeiro
A inflação na Zona Euro subiu de 1,1% em Dezembro, para 1,8%, em Janeiro, um valor já próximo da meta do Banco Central Europeu (BCE). Os preços da energia motivaram o aumento.
O crescimento dos preços da Zona Euro acelerou no início deste ano. Segundo os dados revelados esta terça-feira, 31 de Janeiro, pelo Eurostat, a inflação na região da moeda única deverá ter subido para 1,8%, em Janeiro, depois de se ter fixado em 1,1% em Dezembro de 2016.
O valor ficou acima do esperado pelos analistas consultados pela Bloomberg, que antecipavam que a inflação aumentasse para 1,5%.
A contribuir para esta subida estiveram sobretudo os preços da energia, que terão aumentado 8,1%, depois do acréscimo de 2,6% no mês anterior.
Olhando para os restantes componentes principais da inflação, os preços da alimentação, álcool e tabaco subiram 1,7%, os dos serviços 1,2% e os dos bens industriais não-energéticos 0,5%.
A inflação da Zona Euro em Janeiro atingiu, assim, um valor próximo da meta de 2% do Banco Central Europeu (BCE) colocando uma pressão adicional sobre a autoridade monetária para rever a sua política de estímulos sem precedentes, sobretudo por parte da Alemanha.
Vários responsáveis da maior economia europeia – onde a inflação deverá ter aumentado para 1,9% em Janeiro - têm apelado ao início da retirada dos estímulos do BCE.
"O BCE vai ter a difícil tarefa de sair da política monetária ultra-expansionista. (...) Seria talvez correcto se o BCE se atrevesse a fazer essa saída este ano," afirmou o ministro germânico das Finanças em meados deste mês.
Também Sabine Lautenschlaeger, o elemento alemão dos seis que compõem o Conselho Executivo do BCE, admitiu, na semana passada, que já "existem todas as pré-condições para um aumento estável da inflação", pelo que "está optimista que em breve possam virar-se para a questão da retirada de estímulos".
(Notícia actualizada às 10:29)