O desemprego na Alemanha voltou a recuar em Junho, sinalizando que o crescimento económico permaneceu robusto antes da realização do referendo no Reino Unido que deu vitória ao Brexit.

Segundo os dados divulgados pela Agência Federal do Trabalho esta quinta-feira, 30 de Junho, o número de desempregados diminuiu em seis mil para um total de 2,69 milhões. A queda foi superior ao esperado pelos economistas, que antecipavam uma redução de apenas cinco mil.

Em Junho, a taxa de desemprego permaneceu inalterada no mínimo histórico de 6,1%.

As empresas alemãs minimizaram os riscos de o Reino Unido sair da União Europeia antes da realização do referendo de 23 de Junho, com a confiança dos empresários a subir para o nível mais alto desde Novembro e o crescimento do sector privado a acelerar ao ritmo mais rápido deste ano.

Ainda que a economia deva ter desacelerado significativamente no segundo trimestre, o crescimento deverá ganhar um novo impulso no resto do ano, segundo avançou o Bundesbank antes do referendo no Reino Unido.  

A Alemanha, juntamente com França e Itália, estão entre os países que deverão ser menos afectados do que a média da UE pelo Brexit, de acordo com o Fundo Monetário Internacional.

Mais de 60% das indústrias alemãs consultadas pelo Instituto Ifo antes do referendo disseram não esperar que o Brexit tivesse qualquer impacto nos seus negócios, ainda que o Reino Unido seja o terceiro maior mercado das exportações germânicas.

Depois de ser conhecido o resultado da votação, a chanceler alemã Angela Merkel disse que a UE continua a ser uma das maiores potências económicas globais, forte o suficiente para suportar o choque.