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UE: Saída de cena de Angela Merkel é um dos principais riscos em 2021

No estudo "Top Risks 2021", publicado hoje, no qual identifica alguns dos principais riscos à escala mundial, a consultora Eurasia Group atribuiu a Angela Merkel o mérito sobre o consenso alcançado entre os 27 para aprovar o Fundo de Recuperação europeu para a crise da covid-19, importante para a recuperação económica pós-pandemia. 

Reuters
04 de Janeiro de 2021 às 18:59
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A saída de cena da chanceler alemã, que vai abandonar o cargo após as eleições legislativas de setembro, é uma das principais ameaças à União Europeia (UE) este ano, de acordo com o relatório anual da consultora Eurasia Group. 

No estudo "Top Risks 2021", publicado hoje, no qual identifica alguns dos principais riscos à escala mundial, a consultora atribuiu a Angela Merkel o mérito sobre o consenso alcançado entre os 27 para aprovar o Fundo de Recuperação europeu para a crise da covid-19, importante para a recuperação económica pós-pandemia. 

Foi durante a presidência semestral rotativa do Conselho da UE, que Berlim terminou em dezembro e que é atualmente exercida por Portugal, que foi desenhado o Mecanismo de Recuperação e Resiliência e foi também no mesmo mandato que foi desbloqueada a oposição da Polónia e Hungria. 

"2021 vai ser mais complicado para a Europa, em parte porque Merkel se vai embora, o que deixa [Emmanuel] Macron à frente da União Europeia. Mas ele está muito mais preocupado com questões internas, mais difíceis economicamente do que as da Alemanha. Significa que a UE fica com uma liderança fraca", disse o presidente, Ian Bremmer, hoje numa apresentação do relatório. 

Angela Merkel anunciou, no final de 2018, após vários reveses eleitorais do seu Partido Democrata Cristão (CDU), que não se recandidataria a um quinto mandato, abandonando o cargo que ocupa desde 2005.

As eleições gerais na Alemanha estão previstas para 26 de setembro de 2021.

Segundo o politólogo norte-americano, este ano a UE terá pela frente uma crise económica devido à "ressaca de confinamentos restritos durante o inverno" e também o fim da "hibernação" do populismo em países como Itália, Países Baixos e França como "consequência da fadiga com as restrições e frustração com a implementação das vacinas". 

A transição da presidência dos Estados Unidos de Donald Trump para Joe Biden, a continuação do impacto da pandemia da covid-19 a nível mundial, o combate às alterações climáticas e o risco de ataques informáticos são outras das ameaças em destaque no relatório. 
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