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Luxemburgo defende Hungria suspensa da UE

As declarações sobre o governo do primeiro-ministro de direita Viktor Orban surgem nas vésperas da cimeira de Bratislava, onde os líderes do bloco europeu discutem, a partir de sexta-feira, o futuro pós-Brexit da União Europeia.

Reuters
13 de Setembro de 2016 às 08:59
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O ministro dos Negócios Estrangeiros do Luxemburgo, Jean Asselborn, defendeu hoje que a Hungria deveria ser suspensa da União Europeia por violar os seus valores fundamentais e tratar os refugiados "pior do que animais selvagens".

"Não podemos aceitar que os valores fundamentais da União Europeia estejam a ser massivamente violados", disse Asselborn ao diário alemão Die Welt, citado pela agência AFP.

As declarações sobre o governo do primeiro-ministro de direita Viktor Orban (na foto) surgem nas vésperas da cimeira de Bratislava, onde os líderes do bloco europeu discutem, a partir de sexta-feira, o futuro pós-Brexit da União Europeia.

A Hungria, "hoje, não teria hipótese de se tornar membro da UE", defendeu Asselborn.

"Aqueles que, como a Hungria, levantam cercas contra refugiados de guerra, violam a liberdade de imprensa e a independência do poder judicial, deveriam ser excluídos temporariamente, ou se necessário permanentemente, da UE", acrescentou.

Asselborn referia-se à cerca, com arame farpado, que a Hungria erigiu no ano passado ao longo da sua fronteira sul para impedir o forte afluxo de migrantes que se dirigem para o norte da Europa através da chamada rota dos Balcãs.

"As pessoas que estão a fugir da guerra estão quase a ser tratadas pior do que animais selvagens", disse o ministro, acrescentando que "a Hungria não parece longe de emitir uma ordem para disparar contra refugiados".

Afirmou ainda que líderes como Orban estão a manchar a reputação da UE, dando a impressão que o bloco já não vive de acordo com os valores que defende no palco internacional.

Asselborn pediu por isso medidas nos tratados da UE que permitam facilitar a suspensão de Estados-membros, que deveria deixar de implicar um voto unânime.
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