Notícia
Hollande diz que reunião do Mediterrâneo não quer "dividir" Europa
Líderes de seis países do Sul da Europa e do Mediterrâneo estão esta sexta-feira em Atenas a debater os desafios da União Europeia e a luta contra o terrorismo e a imigração ilegal. Unir a Europa - e não dividi-la - é o objectivo do encontro, garante o Presidente francês.
O Presidente francês, François Hollande, recusou esta sexta-feira que a reunião que decorre entre os países do Sul da Europa e do Mediterrâneo em Atenas pretende unir e não dividir a Europa e colocar o crescimento económico no centro das prioridades no Velho Continente.
"Os países da União Europeia que partilham o espaço mediterrânico reúnem-se hoje em Atenas não para fazer uma divisão, mas pelo contrário, para apelar à unidade da Europa. (…) São países que conhecem situações económicas que merecem que ponhamos o crescimento da economia no centro das prioridades", afirmou aos jornalistas o Chefe de Estado gaulês na capital grega, mencionando os casos particulares de Espanha, Itália, Grécia, além de França.
Début du Sommet des pays méditerranéens de l'Union Européen à Athènes #EUMedSummit pic.twitter.com/sjnAbEGDLb
— Élysée (@Elysee) 9 de setembro de 2016
O caso de Portugal – que também participa na cimeira, representado pelo primeiro-ministro António Costa – não foi referido especificamente por Hollande. O primeiro-ministro divulgou nos primeiros minutos da reunião uma fotografia de grupo no Twitter onde justifica a presença na cimeira pela defesa de "uma Europa cada vez mais forte e solidária."
Em Atenas na cimeira de líderes de países do sul da Europa para defender uma Europa cada vez mais forte e solidária. pic.twitter.com/X5tj6DAJtL
— António Costa (@antoniocostapm) 9 de setembro de 2016
Nas declarações aos jornalistas colocadas no site da presidência francesa, Hollande afirmou que a reunião se desenvolverá em torno de quatro eixos: além do favorecimento do crescimento, a protecção das fronteiras, a luta contra a imigração ilegal com políticas de desenvolvimento e o combate ao terrorismo.
Nestes últimos dois pontos, defendeu o apoio ao desenvolvimento de África para impedir que países mais pobres possam sustentar correntes migratórias "que seriam contrárias ao interesse comum" e a luta contra o terrorismo neste continente e no Médio Oriente.
"Exigem [os terroristas] que os combatamos e possamos coordenar-nos para lutar contra as redes que podem atacar os nossos países", considerou, mostrando-se satisfeito pelo facto de nos últimos dias um atentado ter sido evitado devido à "acção silenciosa e eficaz" das autoridades.