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Bruxelas sobe estimativas de crescimento do PIB português para 5,8% e da inflação para 4,4%

A guerra na Ucrânia levou a Comissão Europeia a cortar as previsões de crescimento da União Europeia e da zona euro, mas isso não aconteceu para Portugal. Bruxelas está mais otimista e espera que o PIB português cresça 5,8% este ano. No entanto, a Comissão subiu também a previsão de inflação.

Yves Herman / Reuters
16 de Maio de 2022 às 10:09
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Apesar da guerra na Ucrânia, a Comissão Europeia espera agora que a economia portuguesa cresça 5,8% este ano, uma revisão em alta face ao esperado anteriormente e ao contrário da revisão em baixa para a média da União Europeia (UE). Mas piorou a estimativa para a inflação, que espera agora que atinja os 4,4% este ano. 


Segundo as 'Previsões Económicas de Primavera' divulgadas nesta segunda-feira, 16 de maio, a Comissão Europeia melhora as previsões para a economia portuguesa, esperando agora que o PIB cresça 5,8% este ano quando nas últimas previsões, divulgadas em fevereiro, antecipava que avançasse 5,5%. Bruxelas revê também em alta o crescimento para 2023 para 2,7% (antes esperava que o PIB crescesse 2,6% no próximo ano). Já o Governo estima que a economia cresça 4,9% este ano.


"A previsão de crescimento continua a ser favorável, apesar dos desafios relacionados com os preços das matérias-primas, das redes globais de abastecimento e de uma maior incerteza na procura externa", afirma a Comissão Europeia. 


Para Bruxelas, a revisão decorre do "forte início do ano", bem como da perspetiva de que o setor dos serviços, sobretudo o turismo, recupere fortemente este ano (depois dos efeitos da pandemia de covid-19). A procura interna deve "contribuir susbtancialmente" para o crscimento tanto este ano como no próximo, com Bruxelas a estimar que o investimento deve crescer mais rápido do que o consumo privado devido à implementação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). 


Apesar da revisão em alta, a Comissão Europeia frisa que, agora, os riscos passaram para o lado negativo, dada a invasão da Ucrânia. Perante a baixa exposição direta ao conflito, Bruxelas considera que os riscos são sobretudo indiretos, nos preços das matérias-primas e na incerteza da procura global.


É nesse sentido que Bruxelas revê também em alta a inflação em Portugal. Segundo as previsões de primavera, o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) deverá subir para 4,4% - um valor que fica acima da estimativa anterior (de 2,3%) e do valor antecipado pelo Governo (de 4%) na proposta de Orçamento do Estado para 2022.


Previsões para a zona euro travam a fundo


No entanto, as estimativas da Comissão Europeia para a média da UE e da zona Euro são muito mais pessimistas.


As pressões nos preços das matérias primas (sobretudo na energia), as distorções nas cadeias de abastecimento e a incerteza crescente levaram a Comissão Europeia a rever em forte baixa a estimativa de crescimento da zona euro e da UE. Em fevereiro estimava que crescessem 3,5% e 3,9%, respetivamente, e agora prevê que avancem ambas 2,7%.

Já quanto à inflação, a estimativa de Bruxelas é que o IHPC suba para 6,1% nos países da zona euro e para 6,8% na média dos 27 Estados-membros. 

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