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Ucrânia: Marcelo considera que Portugal é "beneficiário líquido" da atual situação internacional

"Tal como aconteceu, embora de forma muito diferente na Segunda Guerra Mundial, somos de momento beneficiários líquidos da situação vivida: Portugal está solidário na guerra, mas é visto longínquo da guerra, é visto longínquo da guerra para o turismo, é visto longínquo da guerra para o investimento", sublinhou o Presidente da República.

Rodrigo Antunes/Lusa
14 de Maio de 2022 às 20:10
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O Presidente da República considerou hoje que Portugal é um "beneficiário líquido" da situação vivida a nível internacional, por ser visto "como longínquo da guerra" na Ucrânia, e defendeu que "o inteligente é saber aproveitar essa ocasião".

 

"Tal como aconteceu, embora de forma muito diferente na Segunda Guerra Mundial, somos de momento beneficiários líquidos da situação vivida: Portugal está solidário na guerra, mas é visto longínquo da guerra, é visto longínquo da guerra para o turismo, é visto longínquo da guerra para o investimento", sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa.

 

O Presidente da República falava no encontro "Portugal XXI: País de futuro", que decorreu hoje na Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, que também contou com a participação da ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, do vice-presidente da Câmara de Cascais, Miguel Pinto Luz, e do presidente do Portugal XXI, Hugo Nogueira.

 

Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que "o que era a loucura do investimento para a Europa do Leste num determinado momento, agora passa a ser um modismo, ou pode ser um modismo para Portugal".

 

"O mesmo se aplica em comparação com outros parceiros nossos, que são mediterrânicos, ou quase mediterrânicos, mas mais próximos da charneira atritiva", sublinhou.

 

O chefe de Estado defendeu que é por ser um beneficiário líquido que Portugal assiste atualmente a "números do turismo que ultrapassam já 2019 -- não é 2020 ou 2021 -- e números de investimento que estão a ultrapassar 2019, é verdade que com a ajuda da inflação".

 

"Há que descontar a inflação, mas, mesmo descontando a inflação, é o que é. É a realidade que é. Dir-se-á: 'é conjuntural, porque o investimento largamente é imobiliário numa parte, deriva de haver economias ou sociedades que estão instáveis e, na dúvida, as pessoas procuram o lugar seguro'. Foi assim noutros tempos, o inteligente é saber aproveitar essa ocasião, porque é em parte irreversível, em parte pode não repetir-se com a mesma frequência", frisou.

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