Notícia
Ucrânia: Kiev acusa Moscovo de boicotar acordo para exportação de cereais
O processo de inspeção de navios carregados com produtos ucranianos ao passar pelo Estreito de Bósforo é deliberadamente retardado por representantes russos, segundo as autoridades ucranianas.
15 de Fevereiro de 2023 às 16:51
O Governo ucraniano acusou esta quarta-feira Moscovo de impedir o funcionamento da iniciativa de exportação de cereais e outros produtos agrícolas através do Mar Negro.
Num comunicado conjunto, os ministros ucranianos dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, e das Infraestruturas, Oleksandr Kubrakov, denunciaram que o processo de inspeção de navios carregados com produtos ucranianos ao passar pelo Estreito de Bósforo é deliberadamente retardado por representantes russos.
"Todos os dias, fazem-se apenas metade das dez inspeções planeadas", afirmaram os dois ministros ucranianos.
Como resultado, cerca de 140 embarcações estão na fila para a inspeção, a grande maioria delas há mais de um mês, prosseguiram Kuleba e Kubrakov, enfatizando que "a segurança alimentar dos países que dependem das exportações de produtos agrícolas ucranianos está ameaçada".
A declaração destacou ainda que, ao interferir na operação do 'corredor de cereais', a Rússia está a aproveitar a situação para expandir as suas operações comerciais no Mar Negro, razão pela qual, denunciaram, o volume de tráfego de carga russo superou em 2022 os níveis de 2021.
Ao mesmo tempo, prosseguiram, os navios comerciais russos não são inspecionados no Bósforo, o que lhes permite transportar material militar destinado à guerra na Ucrânia.
Por todas essas razões, o Governo ucraniano instou as Nações Unidas e a Turquia, como fiadores da iniciativa do 'corredor dos cereais', a exigir que Moscovo pare de dificultar as operações ucranianas, que desbloqueie o transporte comercial dos portos ucranianos e ponha fim à tentativa de "armazenar alimentos ".
Domingo, o Kremlin rejeitou prolongar novamente o pacto para a exportação de cereais, que expira em março, caso não sejam levantadas as sanções que pesam sobre o comércio de produtos agrícolas russo.
"Sem resultados tangíveis no cumprimento do memorando Rússia/ONU, a conceção do pacote de acordos de Istambul e a própria prorrogação do documento ucraniano não são convenientes", disse Sergei Vershinin, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo.
Num comunicado conjunto, os ministros ucranianos dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, e das Infraestruturas, Oleksandr Kubrakov, denunciaram que o processo de inspeção de navios carregados com produtos ucranianos ao passar pelo Estreito de Bósforo é deliberadamente retardado por representantes russos.
Como resultado, cerca de 140 embarcações estão na fila para a inspeção, a grande maioria delas há mais de um mês, prosseguiram Kuleba e Kubrakov, enfatizando que "a segurança alimentar dos países que dependem das exportações de produtos agrícolas ucranianos está ameaçada".
A declaração destacou ainda que, ao interferir na operação do 'corredor de cereais', a Rússia está a aproveitar a situação para expandir as suas operações comerciais no Mar Negro, razão pela qual, denunciaram, o volume de tráfego de carga russo superou em 2022 os níveis de 2021.
Ao mesmo tempo, prosseguiram, os navios comerciais russos não são inspecionados no Bósforo, o que lhes permite transportar material militar destinado à guerra na Ucrânia.
Por todas essas razões, o Governo ucraniano instou as Nações Unidas e a Turquia, como fiadores da iniciativa do 'corredor dos cereais', a exigir que Moscovo pare de dificultar as operações ucranianas, que desbloqueie o transporte comercial dos portos ucranianos e ponha fim à tentativa de "armazenar alimentos ".
Domingo, o Kremlin rejeitou prolongar novamente o pacto para a exportação de cereais, que expira em março, caso não sejam levantadas as sanções que pesam sobre o comércio de produtos agrícolas russo.
"Sem resultados tangíveis no cumprimento do memorando Rússia/ONU, a conceção do pacote de acordos de Istambul e a própria prorrogação do documento ucraniano não são convenientes", disse Sergei Vershinin, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo.