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Suíça deixa cair neutralidade e avança com sanções contra a Rússia

A Suíça, que tradicionalmente se mantém à margem dos conflitos e disputas internacionais, anunciou esta segunda-feira que vai aplicar as sanções adotadas pela União Europeia contra a Rússia.

Lusa_EPA/reuters
28 de Fevereiro de 2022 às 15:55
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A Suíça prepara-se para congelar os bens das pessoas e instituições russas incluídas na lista da União Europeia de 367 entidades a sancionar na sequência da ofensiva militar contra a Ucrânia. São também abrangidos os bens de Putin, do primeiro-ministro Mikhail Mishustin e do ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, anunciou o Governo suíço. 


Numa nota hoje divulgada, o executivo alpino explica que, "tendo em conta a intervenção militar da Rússia na Ucrânia, o Conselho Federal - gabinete de sete ministros que governa o país - tomou a decisão, a 28 de fevereiro, de adotar o pacote de sanções impostas pela UE nos dias 23 e 25 de fevereiro". 


"A Suíça reafirma a sua solidariedade com a Ucrânia e com o seu povo", sublinha o comunicado do Governo helvético, citado pelo jornal El Pais. O país vai prestar ajuda aos refugiados que viajaram para a Polónia, acrescenta o documento.


A Suiça é um dos destinos favoritos dos dinheiros dos grandes oligarcas russos e os números oficiais dos bancos suiços davam conta, em 2020, de depósitos num valor global superior a onze mil milhões de dólares, de acordo com números citados pelo New York Times. Por outro lado, e sendo a Suiça um centro para o comércio global de matérias primas, estão presentes naquele país um grande conjunto de empresas que, nomeadamente, comercializam petróleo russo. 

Também nesta segunda-feira, a Suíça seguiu o exemplo de outros países europeus e decidiu fechar o seu espaço aéreo aos voos originários da Rússia. Futuras sanções serão avaliadas caso a caso.

O Executivo alpino mantém, também, a oferta para servir de mediador entre os dois países. 

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