Notícia
Sondagem: Quase dois terços acham que UE devia fazer mais para acabar com a guerra
Uma maioria expressiva de inquiridos no barómetro da Intercampus considera que a UE deveria fazer mais para pôr fim ao conflito na Ucrânia e sete em cada 10 acha que os 27 deviam deixar de importar qualquer petróleo ou gás russo.
16 de Abril de 2022 às 09:30
A quase totalidade dos inquiridos no barómetro Intercampus para o Negócios, CM e CMTV culpa Vladimir Putin pela guerra na Ucrânia. Ainda assim, uma em cada 25 das respostas "iliba" o presidente russo. O barómetro mostra ainda que a maioria dos portugueses considera que a União Europeia (UE) deveria fazer mais para terminar o conflito, sendo que o fim por completo das compras de petróleo e gás russos é defendido por sete em cada 10 inquiridos.
A condenação de Putin pela guerra na Ucrânia é quase unânime, com 92,8% dos inquiridos a culpar o presidente russo pela situação, considerando que a Rússia não tem qualquer justificação para a invasão da Ucrânia. Há ainda 4,1% que dizem haver justificação e 3,1% que não sabem ou não respondem.
O barómetro revela também que quase dois terços (63,5%) dos inquiridos considera que a UE poderia e deveria fazer mais para colocar um ponto final no conflito. Um quarto (25%), por seu turno, diz que a UE está a fazer tudo o que pode e 11,5% não sabem ou não respondem.
Já sobre se a Europa devia deixar de comprar petróleo e gás russo, mesmo que isso implicasse um aumento dos preços, são 71,2% os que consideram que os 27 deviam deixar de importar estes produtos à Rússia. Já para 14,6% a UE não deveria avançar para essa medida. Os remanescentes 14,1% não sabem ou não respondem.
Ainda sobre o mesmo tema, 74,5% considera que a UE e os EUA deveriam fazer mais, um valor que sobe de forma expressiva face ao mês anterior, quando eram apenas 59% os que defendiam respostas adicionais. Em sentido contrário, os inquiridos que classificam a resposta de UE e Estados Unidos como "certa" desce dos 32% para 15,5%. Há ainda 10% que não sabem ou não respondem.
Já uma eventual intervenção da NATO na guerra divide mais as opiniões: 50,3% opõe-se a uma intervenção do bloco, enquanto 35,4% considera que a NATO devia mesmo intervir. Os restantes 14,3% ou não sabem ou não respondem.
FICHA TÉCNICA:
Objetivo: Sondagem realizada pela INTERCAMPUS para a CMTV, com o objetivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional e da atualidade. Universo: População portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal Continental. Amostra: Constituída por 608 entrevistas. Seleção da amostra: A seleção do lar fez-se através da geração aleatória de números de telefone fixo / móvel. No lar a seleção do respondente foi realizada através do método de quotas de género e idade (3 grupos). Foi elaborada uma matriz de quotas por Região (NUTSII), Género e Idade, com base nos dados do Recenseamento Eleitoral da População Portuguesa da Direção-Geral da Administração Interna. Recolha da Informação: A informação foi recolhida através de entrevista telefónica, em total privacidade. O questionário foi elaborado pela INTERCAMPUS e posteriormente aprovado pela CMTV. Os trabalhos de campo decorreram de 7 a 12 de abril de 2022. Margem de Erro: O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de 4%. Taxa de Resposta: A taxa de resposta obtida neste estudo foi de 61,6%.
A condenação de Putin pela guerra na Ucrânia é quase unânime, com 92,8% dos inquiridos a culpar o presidente russo pela situação, considerando que a Rússia não tem qualquer justificação para a invasão da Ucrânia. Há ainda 4,1% que dizem haver justificação e 3,1% que não sabem ou não respondem.
O barómetro revela também que quase dois terços (63,5%) dos inquiridos considera que a UE poderia e deveria fazer mais para colocar um ponto final no conflito. Um quarto (25%), por seu turno, diz que a UE está a fazer tudo o que pode e 11,5% não sabem ou não respondem.
Já sobre se a Europa devia deixar de comprar petróleo e gás russo, mesmo que isso implicasse um aumento dos preços, são 71,2% os que consideram que os 27 deviam deixar de importar estes produtos à Rússia. Já para 14,6% a UE não deveria avançar para essa medida. Os remanescentes 14,1% não sabem ou não respondem.
Ainda sobre o mesmo tema, 74,5% considera que a UE e os EUA deveriam fazer mais, um valor que sobe de forma expressiva face ao mês anterior, quando eram apenas 59% os que defendiam respostas adicionais. Em sentido contrário, os inquiridos que classificam a resposta de UE e Estados Unidos como "certa" desce dos 32% para 15,5%. Há ainda 10% que não sabem ou não respondem.
Já uma eventual intervenção da NATO na guerra divide mais as opiniões: 50,3% opõe-se a uma intervenção do bloco, enquanto 35,4% considera que a NATO devia mesmo intervir. Os restantes 14,3% ou não sabem ou não respondem.
FICHA TÉCNICA:
Objetivo: Sondagem realizada pela INTERCAMPUS para a CMTV, com o objetivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional e da atualidade. Universo: População portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal Continental. Amostra: Constituída por 608 entrevistas. Seleção da amostra: A seleção do lar fez-se através da geração aleatória de números de telefone fixo / móvel. No lar a seleção do respondente foi realizada através do método de quotas de género e idade (3 grupos). Foi elaborada uma matriz de quotas por Região (NUTSII), Género e Idade, com base nos dados do Recenseamento Eleitoral da População Portuguesa da Direção-Geral da Administração Interna. Recolha da Informação: A informação foi recolhida através de entrevista telefónica, em total privacidade. O questionário foi elaborado pela INTERCAMPUS e posteriormente aprovado pela CMTV. Os trabalhos de campo decorreram de 7 a 12 de abril de 2022. Margem de Erro: O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de 4%. Taxa de Resposta: A taxa de resposta obtida neste estudo foi de 61,6%.