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França, Alemanha, Itália e Roménia querem Ucrânia com estatuto de candidato oficial "imediato" à UE

A posição foi anunciada hoje após um encontro, em Kiev, dos quatros líderes com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

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16 de Junho de 2022 às 22:35
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Os líderes francês, alemão, italiano e romeno querem que seja concedido à Ucrânia o estatuto de candidato oficial "imediato" à adesão à União Europeia (UE), foi anunciado esta quinta-feira.

A posição foi anunciada hoje após um encontro, em Kiev, dos quatros líderes com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

"Apoiamos os quatro o estatuto de candidato imediato à adesão", disse hoje o presidente francês, Emmanuel Macron, em conferência de imprensa, acrescentando que "este estatuto será acompanhado por um guia e irá ter em conta a situação nos Balcãs e na vizinhança, em particular na Moldávia".

O líder francês garantiu a Zelensky, que "a Europa está do seu lado. Irá permanecer assim enquanto for necessário".

Também o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, afirmou que o seu país "quer a Ucrânia na União Europeia".


"Hoje, a mensagem mais importante da nossa visita é que Itália quer a Ucrânia na União Europeia, quer que tenha o estatuto de candidato e irá apoiar essa posição no próximo Conselho Europeu ", disse, ainda que tenha admitido que "o caminho de candidato a membro [da EU] é um caminho, não um 'ponto fixo'".


Draghi apelou também à criação de corredores seguros para exportar os grãos dos portos e evitar uma "catástrofe" alimentar em o mundo.


"Queremos que as atrocidades parem e queremos a paz, mas a Ucrânia deve defender-se se quisermos a paz, e será a Ucrânia que escolherá a paz que deseja. Qualquer solução diplomática não pode prescindir da vontade de Kiev, do que acredita ser aceitável para o seu povo", disse, sublinhando que a União Europeia está "num ponto de viragem" na sua história.


Em linha com os parceiros, o chanceler alemão, Olaf Scholz, afirmou que "a Alemanha apoia uma decisão positiva a favor da Ucrânia", assim como à Moldávia.


"A Ucrânia pertence à família europeia", acrescentou, indicando também que é a favor do envio de mais armas para a Ucrânia, embora não tenha feito promessas específicas.


"Apoiamos a Ucrânia também com o envio de armas e continuaremos a fazê-lo enquanto a Ucrânia precisar do nosso apoio", acrescentou.


O chanceler alemão assegurou que Berlim "está a treinar o exército ucraniano com as armas mais modernas, com os tanques Panzerhaubitze 2000 e Gepard".


Os líderes europeus deverão decidir no próximo Conselho Europeu, nos dias 23 e 24 de junho, se irão conceder o estatuto de candidato à adesão, o primeiro passo de um processo de negociações que pode durar anos. A Comissão deve divulgar a sua recomendação na sexta-feira.


Os quatro líderes europeus estão hoje em Kiev numa visita de Estado para demonstrar o apoio à Ucrânia, após a invasão pela Rússia.

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