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Diretora-geral do FMI promete ajuda financeira à Ucrânia após encontro com Zelensky

Kristalina Georgieva diz que, apesar dos ataques a infraestruturas críticas, a economia ucraniana está a ajustar-se, sendo por isso esperada uma recuperação económica gradual ao longo deste ano.

Kristalina Georgieva estima que o PIB mundial caia 4,4%.
Mike Theiler/Reuters
21 de Fevereiro de 2023 às 16:00
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A Ucrânia pode contar com a comunidade internacional para fazer face às necessidades de financiamento ao longo deste ano. A garantia foi dada pela diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, após um encontro em Kiev com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

"Nas minhas reuniões, reiterei o compromisso inabalável do FMI de continuar a apoiar a Ucrânia", disse Kristalina Georgieva, numa declaração por escrito. "Além do financiamento de emergência do ano passado, o FMI tem trabalho intensamente com as autoridades ucranianas" através de um programa de monitorização (PMB, na sigla em inglês) que serve de âncora para políticas macroeconómicas e ajuda a catalisar o apoio dos doadores.

"O desempenho sob o PMB tem sido forte, abrindo caminho para discussões sobre um programa completo de financiamento do FMI", revela a líder. "A comunidade internacional continuará a ter um papel vital no apoio à Ucrânia, incluindo para ajudar a atender às grandes necessidades de financiamento em 2023 e depois disso", garantiu.

A diretora-geral do FMI esteve em Kiev na semana que marca um ano do conflito armado. Durante a visita encontrou-se com o presidente Volodymyr Zelensky, com o primeiro-ministro Denys Shmyhal, com o ministro das Finanças Sergii Marchenko e ainda com o governador do banco central Andriy Pyshnyy.

Elogiou a visão das autoridades ucranianas para a recuperação do país e diz ainda ter visto uma economia que continua a funcionar, apesar dos desafios.

"As lojas estão abertas, os serviços estão a ser entregues e as pessoas vão trabalhar. Este é um testemunho notável do espírito do povo ucraniano. As agências públicas e as instituições económicas estão a trabalhar muito bem: estão a arrecadar impostos e a pagar salários e pensões. O sistema bancário está totalmente operacional. Apesar dos ataques a infraestruturas críticas, a economia está a ajustar-se, sendo esperada uma recuperação económica gradual ao longo deste ano", afirmou.

A líder da instituição reconhece, contudo, o forte impacto do conflito. "A guerra na Ucrânia teve consequências de longo alcance para a economia local, regional e global. Somente se trabalharmos juntos como uma comunidade global seremos capazes de construir um futuro melhor", acrescentou Kristalina Georgieva.
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