Notícia
Conflito da Ucrânia pode custar 0,4% do PIB da zona euro. Comissão mantém confiança
O economista-chefe do BCE já fez contas preliminares ao impacto do conflito na zona euro. Mas Bruxelas mantém confiança nos "fundamentais da economia" da moeda única.
25 de Fevereiro de 2022 às 16:10
O PIB da zona euro poderá sofrer um corte entre 0,3% e 0,4% este ano, por causa do conflito da Ucrânia. A estimativa de impacto, ainda altamente preliminar, terá sido transmitida por Philipe Lane, economista-chefe do Banco Central Europeu, aos responsáveis pela política monetária da moeda única poucas horas depois de a guerra ter estalado, avançou esta sexta-feira a Reuters. Entretanto, confrontado pelos jornalistas, o vice-presidente da Comissão admitiu um impacto negativo, mas mostrou confiança no crescimento da zona euro.
"É demasiado cedo para estimar impactos quantitativos, mas algumas avaliações preliminares apontam para a possibilidade de poder pesar no crescimento", admitiu Valdis Dombrovskis esta sexta-feira, em conferência de imprensa depois de uma reunião do Eurogrupo que contou com a presença da presidente do BCE, Christine Lagarde.
Porém, o vice-presidente da Comissão assumiu que o impacto não será suficiente para impedir o crescimento da economia da zona euro, "porque os seus fundamentais estão fortes". Dombrovskis lembrou que a Comissão Europeia está à espera de um crescimento de 4% este ano, e que o impacto da crise será sempre desigual para os países.
De seguida, Dombrovskis lembrou que as regras orçamentais devem regressar já em 2023, porque a generalidade dos países já recuperou os seus níveis de atividade pré-pandemia, mas assegurou que a Comissão estará disponível para ajustar a sua política se for necessário.
Conforme explica a Reuters, os cálculos feitos por Philip Lane tinham por base um cenário central, mas dependem muito da dimensão e duração do conflito entre a Ucrânia e a Rússia. Num cenário suave, que é visto como cada vez menos provável, a zona euro poderá não sentir qualquer impacto, mas num cenário mais severo os custos podem chegar quase a 1% do PIB.
Na conferência de imprensa desta sexta-feira, Christine Lagarde, Bruno Le Maire, ministro da Economia francês, e Paschal Donohoe, presidente do Eurogrupo, também assumiram que as sanções económicas decididas para penalizar a Rússia pela invasão militar da Ucrânia terão impacto na zona euro, mas não hesitaram em defendê-las.
Lagarde sublinhou que que deveriam ser acionadas "de forma determinada e rigorosa", e Le Maire e Donohoe apelaram aos valores europeus da liberdade. "O que está em jogo são os nossos valores de liberdade. Esses valores têm um preço e nós estamos prontos para pagar esse preço", disse o ministro francês.
Os desenvolvimentos económicos, e o ritmo da recuperação, serão fundamentais para guiar os líderes políticos na retirada progressiva dos estímulos, sejam eles monetários ou orçamentais. Na próxima semana, a Comissão Europeia deverá dar orientações aos países sobre a condução da política orçamental, e o BCE tem agendada a sua próxima reunião de política monetária para 10 de março.
"É demasiado cedo para estimar impactos quantitativos, mas algumas avaliações preliminares apontam para a possibilidade de poder pesar no crescimento", admitiu Valdis Dombrovskis esta sexta-feira, em conferência de imprensa depois de uma reunião do Eurogrupo que contou com a presença da presidente do BCE, Christine Lagarde.
De seguida, Dombrovskis lembrou que as regras orçamentais devem regressar já em 2023, porque a generalidade dos países já recuperou os seus níveis de atividade pré-pandemia, mas assegurou que a Comissão estará disponível para ajustar a sua política se for necessário.
Conforme explica a Reuters, os cálculos feitos por Philip Lane tinham por base um cenário central, mas dependem muito da dimensão e duração do conflito entre a Ucrânia e a Rússia. Num cenário suave, que é visto como cada vez menos provável, a zona euro poderá não sentir qualquer impacto, mas num cenário mais severo os custos podem chegar quase a 1% do PIB.
Na conferência de imprensa desta sexta-feira, Christine Lagarde, Bruno Le Maire, ministro da Economia francês, e Paschal Donohoe, presidente do Eurogrupo, também assumiram que as sanções económicas decididas para penalizar a Rússia pela invasão militar da Ucrânia terão impacto na zona euro, mas não hesitaram em defendê-las.
Lagarde sublinhou que que deveriam ser acionadas "de forma determinada e rigorosa", e Le Maire e Donohoe apelaram aos valores europeus da liberdade. "O que está em jogo são os nossos valores de liberdade. Esses valores têm um preço e nós estamos prontos para pagar esse preço", disse o ministro francês.
Os desenvolvimentos económicos, e o ritmo da recuperação, serão fundamentais para guiar os líderes políticos na retirada progressiva dos estímulos, sejam eles monetários ou orçamentais. Na próxima semana, a Comissão Europeia deverá dar orientações aos países sobre a condução da política orçamental, e o BCE tem agendada a sua próxima reunião de política monetária para 10 de março.