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China ameaça UE sobre sanções a empresas do país
Pequim reagiu às notícias de que Bruxelas irá incluir oito empresas chinesas numa nova vaga de sanções.
As sanções que Bruxelas prepara contra empresas que considera apoiarem a Rússia, incluindo várias companhias chinesas, motivaram esta terça-feira uma troca de palavras mais acesa entre o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Qin Gang, e a sua homóloga alemã, Annalena Baerbock.
Pequim advertiu que reagirá “de forma vigorosa” caso a União Europeia (UE) imponha sanções a empresas chinesas.
A chefe da diplomacia alemã respondeu a Qin frisando que é obrigação da China assegurar que as suas empresas não fornecem armas ou bens de uso dual, que podem ser utilizados no esforço de guerra russo, a Moscovo.
“Nas exportações de bens de uso dual agimos de acordo com as leis e regulamentos... As empresas chinesas e russas têm trocas comerciais normais e cooperam, o que não deve ser afetado”, defendeu o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês na conferência de imprensa que decorreu na Chancelaria alemã.
“Opomo-nos de forma determinada que alguns países, certos blocos de países, usando as suas chamadas leis, exerçam uma jurisdição de braço longo e sanções unilaterais contra países terceiros, incluindo a China”, disse Qin. “Se isso acontecer, a China irá reagir das formas necessárias”, concluiu.
O aviso de Pequim surge após ser noticiado que a Comissão Europeia incluiu oito empresas chinesas num esboço da proposta de novas sanções. Seis destas empresas terão sede em Hong Kong, de acordo com os relatos feitos pela Reuters.