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Biden: “Estamos convosco. Ponto”
Depois de ter dito que Putin “não pode ficar no poder” e de lhe ter chamado "carniceiro", Biden usa as redes sociais para reforçar o apoio dos Estados Unidos aos ucranianos.
O Presidente dos Estados Unidos não parece querer baixar a tensão com a Rússia e este domingo usou a rede social Twitter para voltar a frisar o apoio da administração norte-americana à Ucrânia.
"A minha mensagem para o povo da Ucrânia: nós estamos convosco. Ponto. Um dia depois de ter afirmado na Polónia que o seu homólogo russo Vladimir Putin "não deve permanecer no poder após ter desencadeado a invasão da Ucrânia", Joe Biden manteve o tom desafiante para com o regime do Kremlin.
Isto apesar de o próprio secretário a Casa Branca e o secretário de Estado norte-americano Anthony Blinken se terem apressado em vir clarificar que o Biden não sugeria nenhuma mudança de regime com as afirmações que fez em Varsóvia no sábado à noite.
Perante a onda de reações que tal frase gerou, o Presidente dos EUA usou as redes sociais para enfatizar que os Estados Unidos estão com o povo ucraniano.
"Permitam-me dizer isto, se forem capazes de entender, vós, o povo russo, não são o nosso inimigo", declarou. "Recuso acreditar que irão receber favoravelmente a morte de crianças e de avôs inocentes ou aceitem que hospitais, escolas, maternidades, sejam destruídos por mísseis e bombas russas", disse, salientando: "Esta guerra não é digna de vós, povo russo". E insistiu: "Putin deve pôr termo a esta guerra".
Aliás, estas não foram as únicas afirmações polémicas de Biden durante a visita à Europa, já que antes o chefe de Estado norte-americano tinha apelidado Putin de "carniceiro", num encontro com refugiados ucranianos.
Palavras que levaram o presidente francês, Emmanuel Macron, a distanciar-se de tal designação e a pedir que não se escalasse a tensão. "Eu não utilizaria essas palavras", afirmou Macron em declarações à France 3. O também candidato presidencial francês sublinhou que "é preciso fazer tudo para que a situação não derrape".
"Continuo a manter comunicações com o Presidente Putin porque, o que queremos fazer coletivamente é acabar com a guerra que a Rússia lançou sem fazermo-nos nós uma guerra e sem a escalar", afirmou o Chefe de Estado francês.