Notícia
António Costa e Pedro Sánchez discutem em Madrid ajuda à Ucrânia e sanções à Rússia
Na reunião será feita a preparação da cimeira extraordinária entre os chefes de Estado e de Governo dos países da União Europeia de 30 e 31 de maio em Bruxelas, próxima segunda e terça-feira.
26 de Maio de 2022 às 10:14
O primeiro-ministro português e o chefe do Governo espanhol encontram-se esta quinta-feira em Madrid para preparar o Conselho Europeu extraordinário que segunda e terça-feira em Bruxelas vai discutir as ajudas à Ucrânia e sanções à Rússia.
De acordo com fontes governamentais espanholas, Pedro Sánchez irá receber António Costa à 19:30 (menos uma hora em Lisboa) no Palácio da Moncloa, sede do Governo espanhol, para um encontro de trabalho seguido de um jantar, não estando previsto declarações à imprensa.
Na reunião será feita a preparação da cimeira extraordinária entre os chefes de Estado e de Governo dos países da União Europeia de 30 e 31 de maio em Bruxelas, próxima segunda e terça-feira.
Nesse encontro ao mais alto nível vão ser tratados temas como as ajudas à Ucrânia e sanções à Rússia, a defesa europeia, as questões energéticas e ainda a segurança alimentar, avançou o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, aos deputados, Tiago Antunes, na quarta-feira na Assembleia da República.
Numa audição preparatória do Conselho Europeu extraordinário de 30 e 31 de maio, Tiago Antunes assegurou que, sobre o embargo ao petróleo russo, a posição de Portugal é garantir que o trabalho técnico que falta fazer -- como resolver a questão dos países que só têm recursos para transformar o tipo de petróleo que a Rússia produz - avance o mais rapidamente possível para a UE "continuar a ter esta postura unida face às sanções".
Quanto às ajudas à Ucrânia, espera-se "uma reposta, robusta e solidária", não só nas ajudas imediatas, mas já a pensar na reconstrução pós-guerra.
Sobre a redução da dependência energética da UE, nomeadamente em relação à Rússia, o secretário de Estado avançou que Portugal "acolheu com satisfação o plano que a Comissão Europeia apresentou na semana passada" e designadamente a referência às interligações, uma questão fulcral para Portugal e também para Espanha e França.
"Mas entendemos que se pode ir mais longe" para poder ter um "verdadeiro mercado europeu de energia", afirmou, referindo que é necessário tempo e muito investimento, mas também "vontade política" que espera ver nesta reunião do Conselho Europeu.
"Não podemos bastar-nos com referências, é importante que se traduza no trabalho prático da construção das infraestruturas", sublinhou.
Na questão da segurança alimentar, o Conselho vai, nomeadamente, procurar respostas que permitam escoar os cereais armazenados em portos da Ucrânia e não deixar que sejam destruídos, criando corredores solidários, já que a preocupação é sobretudo externa, com a fome em países mais vulneráveis.
Antes do conselho europeu, o primeiro-ministro português desloca-se domingo e segunda-feira a Hannover, na Alemanha, onde se encontrará com o chanceler alemão, Olaf Scholz, na inauguração da feira industrial da cidade, que escolheu este ano Portugal como país parceiro.
De acordo com fontes governamentais espanholas, Pedro Sánchez irá receber António Costa à 19:30 (menos uma hora em Lisboa) no Palácio da Moncloa, sede do Governo espanhol, para um encontro de trabalho seguido de um jantar, não estando previsto declarações à imprensa.
Nesse encontro ao mais alto nível vão ser tratados temas como as ajudas à Ucrânia e sanções à Rússia, a defesa europeia, as questões energéticas e ainda a segurança alimentar, avançou o secretário de Estado dos Assuntos Europeus, aos deputados, Tiago Antunes, na quarta-feira na Assembleia da República.
Numa audição preparatória do Conselho Europeu extraordinário de 30 e 31 de maio, Tiago Antunes assegurou que, sobre o embargo ao petróleo russo, a posição de Portugal é garantir que o trabalho técnico que falta fazer -- como resolver a questão dos países que só têm recursos para transformar o tipo de petróleo que a Rússia produz - avance o mais rapidamente possível para a UE "continuar a ter esta postura unida face às sanções".
Quanto às ajudas à Ucrânia, espera-se "uma reposta, robusta e solidária", não só nas ajudas imediatas, mas já a pensar na reconstrução pós-guerra.
Sobre a redução da dependência energética da UE, nomeadamente em relação à Rússia, o secretário de Estado avançou que Portugal "acolheu com satisfação o plano que a Comissão Europeia apresentou na semana passada" e designadamente a referência às interligações, uma questão fulcral para Portugal e também para Espanha e França.
"Mas entendemos que se pode ir mais longe" para poder ter um "verdadeiro mercado europeu de energia", afirmou, referindo que é necessário tempo e muito investimento, mas também "vontade política" que espera ver nesta reunião do Conselho Europeu.
"Não podemos bastar-nos com referências, é importante que se traduza no trabalho prático da construção das infraestruturas", sublinhou.
Na questão da segurança alimentar, o Conselho vai, nomeadamente, procurar respostas que permitam escoar os cereais armazenados em portos da Ucrânia e não deixar que sejam destruídos, criando corredores solidários, já que a preocupação é sobretudo externa, com a fome em países mais vulneráveis.
Antes do conselho europeu, o primeiro-ministro português desloca-se domingo e segunda-feira a Hannover, na Alemanha, onde se encontrará com o chanceler alemão, Olaf Scholz, na inauguração da feira industrial da cidade, que escolheu este ano Portugal como país parceiro.