Notícia
Putin aprova nova doutrina naval para marcar linhas vermelhas ao Ocidente
O Presidente da Rússia redefiniu as zonas que representam os interesses "vitais" da Rússia, durante uma intervenção do Dia da Marinha.
31 de Julho de 2022 às 15:09
O Presidente da Rússia, Vladimir Putin, estabeleceu hoje novas linhas vermelhas ao Ocidente nos mares Negro, Báltico e Ártico, ao aprovar uma nova doutrina naval que é influenciada pelas mudanças geopolíticas originadas pela guerra na Ucrânia.
"Estabelecemos abertamente as fronteiras e as zonas que representam os interesses nacionais da Rússia, tanto económicos como estratégicos. Aqueles que são vitais", afirmou o líder russo, citado pela agência Efe, durante uma intervenção do Dia da Marinha, em São Petersburgo.
Vladimir Putin explicou que se trata da zona ártica, das águas do mar Negro (Atlântico), de Ojotsk (Pacífico) e de Bering (Pacífico) e nos estreitos do Báltico e das Ilhas Curilas.
"Iremos garantir a nossa defesa, de forma firme e recorrendo a todos os meios", assegurou.
O chefe de Estado russo disse ainda que a Marinha russa irá receber nos próximos meses novos mísseis de cruzeiro hipersónicos "Tsirkon", que irão equipar a fragata "Almirante Gorshkov".
Vladimir Putin tinha anunciado em 2018 um novo programa de rearmamento com armamento hipersónico, tendo na altura destacado que o "Tsirkon" não tem "comparação no mundo com outros "e que o alcance destes mísseis era "praticamente ilimitado".
"A frota cumpre com sucesso e honra as missões estratégicas nas fronteiras do nosso país e em qualquer lugar do oceano. Está constantemente a ser aperfeiçoado", sublinhou.
A cerimónia de assinatura da nova doutrina naval teve lugar na Fortaleza de São Pedro e São Paulo, em São Peterburgo, depois do Presidente russo ter dado início à parada naval na antiga capital czarista e na ilha de Krostadt.
De acordo com o Kremlin, estão a participar no desfile naval de hoje mais de 40 navios, submarinos e lanchas, 42 aviões e mais de 3.500 soldados, embora ações similares se estejam a celebrar noutros portos, como é o caso do enclave báltico de Kaliningrado.
A frota russa tem desempenhado um papel ativo desde o início da invasão da Ucrânia.
No entanto, em abril a Rússia sofreu o seu maior revés, com o naufrágio, provocado pelas tropas ucranianas, do navio 'Moskva', na sequência do qual terão morrido cerca de trinta marinheiros.
A Rússia lançou em fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de 5.100 civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
"Estabelecemos abertamente as fronteiras e as zonas que representam os interesses nacionais da Rússia, tanto económicos como estratégicos. Aqueles que são vitais", afirmou o líder russo, citado pela agência Efe, durante uma intervenção do Dia da Marinha, em São Petersburgo.
"Iremos garantir a nossa defesa, de forma firme e recorrendo a todos os meios", assegurou.
O chefe de Estado russo disse ainda que a Marinha russa irá receber nos próximos meses novos mísseis de cruzeiro hipersónicos "Tsirkon", que irão equipar a fragata "Almirante Gorshkov".
Vladimir Putin tinha anunciado em 2018 um novo programa de rearmamento com armamento hipersónico, tendo na altura destacado que o "Tsirkon" não tem "comparação no mundo com outros "e que o alcance destes mísseis era "praticamente ilimitado".
"A frota cumpre com sucesso e honra as missões estratégicas nas fronteiras do nosso país e em qualquer lugar do oceano. Está constantemente a ser aperfeiçoado", sublinhou.
A cerimónia de assinatura da nova doutrina naval teve lugar na Fortaleza de São Pedro e São Paulo, em São Peterburgo, depois do Presidente russo ter dado início à parada naval na antiga capital czarista e na ilha de Krostadt.
De acordo com o Kremlin, estão a participar no desfile naval de hoje mais de 40 navios, submarinos e lanchas, 42 aviões e mais de 3.500 soldados, embora ações similares se estejam a celebrar noutros portos, como é o caso do enclave báltico de Kaliningrado.
A frota russa tem desempenhado um papel ativo desde o início da invasão da Ucrânia.
No entanto, em abril a Rússia sofreu o seu maior revés, com o naufrágio, provocado pelas tropas ucranianas, do navio 'Moskva', na sequência do qual terão morrido cerca de trinta marinheiros.
A Rússia lançou em fevereiro uma ofensiva militar na Ucrânia que já matou mais de 5.100 civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.