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Ministros da Saúde e Administração Interna debatem controlo de fronteiras da UE

Os ministros da Saúde e da Administração Interna da União Europeia reúnem-se hoje, por videoconferência, para debater o controlo das fronteiras externas do bloco europeu no contexto da pandemia da Covid-19.

A ministra da Saúde deu ontem uma conferência de imprensa sobre os dois doentes infectados com o novo coronavírus.
Nuno Fox/Lusa
16 de Março de 2020 às 07:12
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No domingo, o primeiro-ministro português destacou a importância desta reunião para Portugal, dada a "extensa fronteira" aérea e marítima do país.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na semana passada que o epicentro da pandemia do novo coronavirus passou da China, origem do surto, para a Europa, onde diversos países acionaram já o fecho das fronteiras.

Portugal e Espanha vão limitar a circulação na fronteira terrestre comum a mercadorias e trabalhadores transfronteiriços por causa da pandemia da Covid-19, anunciou o primeiro-ministro português no domingo.

António Costa afirmou que os termos destas limitações serão definidos hoje, numa reunião dos ministros dos dois países com a pasta da Administração Interna.

Essa reunião seguir-se-á à dos ministros da Saúde e da Administração Interna da União Europeia.

António Costa falou no domingo, por videoconferência, com o homólogo espanhol, Pedro Sánchez.

Segundo o primeiro-ministro, os dois chefes de Governo acordaram agir "sempre em conjunto" na gestão da fronteira comum.

Na reunião de hoje entre os dois ministros a Administração Interna, serão definidos também os termos da circulação nas fronteiras aéreas e marítimas entre os dois países, disse António Costa.

O primeiro-ministro disse estar convicto de que estas limitações de circulação na fronteira entre os dois países entrarão em vigor já na segunda-feira, e acrescentou que se manterão por tempo indeterminado, mas sempre para lá dos dias das celebrações da Páscoa.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6.400 mortos em todo o mundo.

O epicentro da pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) deslocou-se da China para a Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália, que anunciou no domingo 368 novas mortes nas últimas 24 horas, elevando para mais de 1.800 o número de vítimas mortais no país.
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