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Merkel reitera que Ucrânia continua a ser "país de trânsito" para gás russo

A ´chanceler` alemã Angela Merkel reiterou quinta-feira que a Ucrânia deve continuar a ser um "país de trânsito" para o gás russo, apesar da construção de um gasoduto que liga a Alemanha diretamente à Rússia.

16 de Julho de 2021 às 06:46
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"O Nord Stream 2 é um projeto adicional e certamente não um projeto para substituir qualquer trânsito através da Ucrânia. Qualquer outra coisa iria obviamente criar muita tensão", disse a chefe de Estado alemã, numa conferência de imprensa conjunta com o Presidente dos EUA, Joe Biden, cuja administração expressou reservas sobre o gasoduto.

Ao receber Merkel na Casa Branca, Biden renovou as preocupações sobre o projeto, mas disse que concordava que a Rússia não deve ser autorizada a utilizar a energia como arma.

Os dois líderes discutiram as divergências sobre o Nord Stream 2, embora sem progressos aparentes.

De ambos as partes existem preocupações sobre a forma como as duas nações irão negociar desacordos crescentes.

Os Estados Unidos há muito que argumentam que o projeto Nord Stream 2 ameaçará a segurança energética europeia, ao aumentar a dependência do continente do gás russo e ao permitir que a Rússia exerça pressão política sobre nações vulneráveis da Europa Central e Oriental, particularmente a Ucrânia, mas Biden renunciou recentemente a sanções contra entidades alemãs envolvidas no projeto, uma medida que gerou descontentamento em muitos eleitos no Congresso.

Merkel procurou minimizar as diferenças, e tentou salientar que o gasoduto era um complemento - e não um substituto - dos gasodutos da Ucrânia.

Merkel começou o seu dia com um pequeno-almoço de trabalho com a vice-presidente, Kamala Harris, e o gabinete de Harris disse que as duas tiveram uma "discussão muito franca".

Os Estados Unidos têm-se oposto ao projeto, que deverá transportar gás natural numa distância de 1.200 quilómetros.

O Nord Stream 2 é propriedade da russa Gazprom, com um investimento de diversas companhias europeias.

Em resposta às críticas de que o gasoduto aumentará a dependência da Europa em energia face à Rússia, o Kremlin acusou Washington de tentar sabotar o projeto, com o objetivo de forçar os consumidores europeus a comprarem gás natural liquefeito dos Estados Unidos, em vez do gás natural russo, mais barato.


 
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