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Líder da oposição alemã pede moção de confiança na próxima semana

A situação política na Alemanha continua incerta. Friedrich Merz quer que Scholz abra caminho para eleições antecipadas já em janeiro. Crise acontece após afastamento do ministro das Finanças, que deverá ser substituído por Joerg Kukies.

Friedrich Merz, líder da União Democrata Cristã alemã.
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Depois de o chanceler alemão Olaf Scholz ter anunciado que se vai submeter a uma moção de confiança em janeiro - após afastar o ministro das Finanças, pondo em risco a coligação governativa - o líder da oposição veio defender outro calendário: quer que a moção avance já para a semana.

"É importante que, muito rapidamente, ponhamos a responsabilidade da composição do Bundestag alemão [parlamento] novamente nas mãos dos eleitores", disse Friedrich Merz, líder da União Democrata Cristã (CDU), em comentários aos jornalistas em Berlim. Com uma moção de confiança apresentada mais cedo, seria possível realizar eleições antecipadas em meados de janeiro, ao invés de março.

"É por isso que vou pedir ao chanceler, numa conversa esta tarde, para abrir caminho para esta possibilidade. Há também uma série de compromissos internacionais, conferências e decisões na União Europeia que precisam de um governo federal alemão capaz de agir", comentou, citado pela Bloomberg.

Scholz anunciou na quarta-feira que iria demitir o ministro das Finanças e líder do Partido Democrático Livre (FDP), Christian Lindner. A coligação tripartidária que forma o Governo alemão fica assim em risco.

Lindner vai ser substituído por Joerg Kukies, conselheiro económico de Scholz, avança a Bloomberg, citando uma fonte governamental que pediu anonimato.


O anúncio de Scholz surge após uma reunião dos líderes dos três partidos - o Partido Social Democrata (SPD), de Scholz, o FDP e os Verdes - na chancelaria, durante a qual Lindner disse ao líder do Governo que não via forma de a coligação prosseguir e apelou à convocação de eleições antecipadas.

Em causa estão as divergências persistentes sobre reformas económicas que se acentuaram com a publicação de um manifesto pelo FDP exigindo reformas liberais que dificilmente poderão ser aceites pelos parceiros de coligação.

Em conferência de imprensa, Scholz anunciou uma moção de confiança ao governo a 15 de janeiro. Caso esta seja rejeitada, as eleições legislativa alemãs poderão ser antecipadas para março em vez do outono do próximo ano.

Com a CDU bem posicionada nas sondagens, Merz quer ver este calendário antecipado. Mas com legislação fiscal à espera de votação, bem como o orçamento de 2025, o chanceler quererá adiar estas eleições.

Notícia atualizada



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