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Grécia em risco de falhar mais uma privatização

A privatização da Opap, empresa pública de apostas futebolísticas, poderá falhar, devido às exigências e pressões que o Emma Delta está a fazer para que se alterem os termos do acordo.

27 de Junho de 2013 às 19:46
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A Grécia poderá não conseguir concretizar a privatização da empresa pública de apostas futebolísticas, Opap, de acordo com o “Financial Times”. Na origem do problema estará a pressão que os possíveis licitadores estão a exercer sobre o Governo para os termos do acordo, estabelecido em Maio, sejam alterados.

 

Até ao momento, a única proposta conhecida partiu do magnata do petróleo Dimitris Melissanidis e do multimilionário checo Jiri Smejc. Juntos constituem o veículo de investimento Emma Delta que quererá, agora, suspender o contrato de três anos e 110 milhões de euros com a Intralot, o fornecedor de tecnologia grego da Opap. Em causa estará também uma concessão de 12 anos para operar a lotaria grega em troca de 190 milhões de euros e o pagamento anual de 50 milhões de euros, segundo o FT que refere ter tido acesso aos documentos.

 

O presidente executivo da Opap, Costas Louropoulos, ter-se-á queixado, numa mensagem de e-mail, das pressões que tem sofrido por parte de Melissanidis, em vários telefonemas, segundo jornal britânico. Já o fundo de privatizações estatais grego (Taiped) nega ter recebido qualquer queixa formal por parte da Emma Delta, em que esta ameace abandonar o acordo.

 

Com esta alienação, o Executivo grego deveria encaixar 700 milhões de euros. Os receios quanto a um possível falhanço nas negociações estão a aumentar as tensões entre o país e os credores internacionais. Estes últimos temerão que o atraso nos processos de privatização possam obrigar a cortes adicionais na despesa, para que o programa de resgate à Grécia possa prosseguir, explica o FT. 

 

A Taiped falhou já uma privatização este mês quando a Gazprom desistiu de comprar a empresa pública de distribuição de gás. O Fundo Monetário Internacional (FMI), um dos credores internacionais do país, afirmou que o acontecimento contribuiria para um buraco nas contas gregas e que é necessário encontrar “financiamento adicional”.

 

Um segundo falhanço poderá levar os credores internacionais a indicar gestores internacionais para substituírem os executivos gregos, contratados pelo Governo do país, no comando das operações de privatização. Até ao final de 2016, deverão ser alienados activos no valor de 15 mil milhões de euros.

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