Notícia
Excedente comercial da União Europeia com os EUA aumenta até Setembro
Os desejos de Trump não estão a ser concretizados. Pelo menos é isso que os números sinalizam: o excedente comercial da União Europeia com os EUA continua a aumentar.
Apesar dos esforços acordados entre Jean-Claude Juncker e Donald Trump, o excedente comercial que a União Europeia tem com os Estados Unidos aumentou. Ou seja, as exportações europeias para território norte-americano estão a crescer mais do que as importações norte-americanas em território europeu. Os dados foram publicados esta quinta-feira, 15 de Novembro, pelo Eurostat.
O arranque da guerra comercial tinha um objectivo bastante claro por parte do presidente norte-americano: os EUA registam um défice comercial de bens com vários países, o que tem de acabar (ou, pelo menos, melhorar). E se isso não está a acontecer com a China - que já foi alvo de uma série de tarifas aduaneiras -, também não se verifica na União Europeia que, para já, só foi alvo de tarifas no aço e alumínio.
O excedente comercial da União Europeia com os EUA aumentou para 101 mil milhões de euros até Setembro deste ano, o que compara com 86,1 mil milhões de euros até Setembro de 2017. Tal acontece porque as exportações para os Estados Unidos aumentaram 6,2% para 297,9 mil milhões de euros ao passo que as importações subiram 1,3% para os 196,9 mil milhões de euros.
Ainda assim, no total, os 28 Estados-membros registaram um défice comercial de 14,6 mil milhões de euros, o que compara com um excedente de cinco mil milhões de euros no mesmo período do ano passado. O défice deve-se essencialmente às importações de energia, maioritariamente com origem da Rússia. É nas máquinas, veículos e químicos que a UE regista um excedente.
Em Julho, o presidente da Comissão Europeia foi a Washington negociar com Trump e levou na bagagem uma série de contrapartidas para que a União Europeia não fosse alvo de tarifas da mesma forma que a China. Esse acordo, por exemplo, passa por importar mais gás natural liquefeito dos EUA, cuja entrada na Europa passa actualmente pelo porto de Sines, em Portugal. Desta forma, a UE distancia-se da dependência que tem com a Rússia e satisfaz as pretensões norte-americanas.
Além disso, a UE têm-se empenhado em importar mais soja norte-americana. De acordo com Bruxelas, "os preços norte-americanos da soja são actualmente os mais competitivos do mercado e, por isso, a opção de alimentação mais atractiva para os importadores europeus e os seus utilizadores".
O arranque da guerra comercial tinha um objectivo bastante claro por parte do presidente norte-americano: os EUA registam um défice comercial de bens com vários países, o que tem de acabar (ou, pelo menos, melhorar). E se isso não está a acontecer com a China - que já foi alvo de uma série de tarifas aduaneiras -, também não se verifica na União Europeia que, para já, só foi alvo de tarifas no aço e alumínio.
Ainda assim, no total, os 28 Estados-membros registaram um défice comercial de 14,6 mil milhões de euros, o que compara com um excedente de cinco mil milhões de euros no mesmo período do ano passado. O défice deve-se essencialmente às importações de energia, maioritariamente com origem da Rússia. É nas máquinas, veículos e químicos que a UE regista um excedente.
No caso da Zona Euro mantém-se o excedente comercial, tendo este baixado de 169,2 mil milhões de euros até Setembro de 2017 para 143,1 mil milhões de euros até Setembro deste ano.Euro area #trade in goods surplus €13.1 bn in September, €1.8 bn deficit for EU https://t.co/BT1ChkeyUh pic.twitter.com/lFp98zl0aY
— EU_Eurostat (@EU_Eurostat) 15 de novembro de 2018
Em Julho, o presidente da Comissão Europeia foi a Washington negociar com Trump e levou na bagagem uma série de contrapartidas para que a União Europeia não fosse alvo de tarifas da mesma forma que a China. Esse acordo, por exemplo, passa por importar mais gás natural liquefeito dos EUA, cuja entrada na Europa passa actualmente pelo porto de Sines, em Portugal. Desta forma, a UE distancia-se da dependência que tem com a Rússia e satisfaz as pretensões norte-americanas.
Além disso, a UE têm-se empenhado em importar mais soja norte-americana. De acordo com Bruxelas, "os preços norte-americanos da soja são actualmente os mais competitivos do mercado e, por isso, a opção de alimentação mais atractiva para os importadores europeus e os seus utilizadores".