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Conselho da Europa: Covid-19 expôs debilidades de sistemas de saúde europeus

Num relatório hoje divulgado sobre a situação dos sistemas de saúde europeus, a comissária do Conselho da Europa para os Direitos Humanos, Dunja Mijatovic, apela a que os 47 Estados-membros do Conselho assegurem "níveis adequados de financiamento público", sublinhando que "a redução orçamental em cuidados primários e saúde pública tem repercussões negativas nos resultados sanitários".

19 de Fevereiro de 2021 às 00:06
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A comissária do Conselho da Europa para os Direitos Humanos, Dunja Mijatovic, afirmou hoje que a Covid-19 expôs as debilidades dos sistemas de saúde europeus e apelou ao reforço do financiamento para reforçar a sua capacidade.

Num relatório hoje divulgado sobre a situação dos sistemas de saúde europeus, a comissária apela a que os 47 Estados-membros do Conselho assegurem "níveis adequados de financiamento público", sublinhando que "a redução orçamental em cuidados primários e saúde pública tem repercussões negativas nos resultados sanitários".

Segundo Mijatovic, a pandemia da covid-19 "expôs as suas debilidades e falta de capacidade" dos sistemas de saúde europeus, "atrofiados" pelas medidas de austeridade implementadas em diversos países depois da crise financeira de 2008.

"Hospitais, laboratórios e agências de saúde pública têm trabalhado para além do que os seus meios permitem e há falta de capacidade diagnóstica em muitos estados" e "o fornecimento de equipamento de proteção individual tem sido frequentemente insuficiente e os assistentes sociais e de saúde na linha de frente enfrentam um risco maior de doença e morte", adianta a comissária.

Quase um ano depois de a Organização Mundial de Saúde ter declarado emergência de saúde pública devido ao alastramento do novo coronavírus, a pandemia de covid-19 já fez perto de 750 mil vítimas mortais na Europa. 

No relatório hoje divulgado, a comissária afirma que a falta de apoio financeiro público adequado "prejudica o acesso ao direito universal à saúde e leva a maiores custos a longo prazo".

Aos governos e empresas farmacêuticas é recomendado que "aumentem a transparência no processo de desenvolvimento e comercialização de vacinas e novos medicamentos que sejam rentáveis e se baseiem nas necessidades em vez do lucro".   
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