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Chanceler alemão convoca setor siderúrgico para reunião em Berlim e não descarta resgate da Thyssenkrupp

A reunião destina-se a discutir medidas específicas para proteger a indústria siderúrgica da Alemanha, incluindo preços confiáveis para energia elétrica, estímulo ao investimento e prevenção do 'dumping' de aço no mercado alemão, escreveu hoje o chanceler na rede social X.

Hannibal Hanschke / Reuters
07 de Dezembro de 2024 às 12:38
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O chanceler alemão, Olaf Scholz, convidou executivos da indústria siderúrgica, representantes do conselho de trabalhadores e líderes sindicais para uma reunião em Berlim na segunda-feira, na sua mais recente tentativa de reforçar a economia do país.

A reunião destina-se a discutir medidas específicas para proteger a indústria siderúrgica da Alemanha, incluindo preços confiáveis para energia elétrica, estímulo ao investimento e prevenção do 'dumping' de aço no mercado alemão, escreveu hoje o chanceler na rede social X.

Aos jornais do grupo de comunicação social alemão Funke, Olaf Scholz afirmou que o aço vai fazer parte da indústria alemã durante os próximos séculos e que agora o objetivo é garantir a produção de aço a longo prazo na Alemanha, o que salientou ter um "significado geoestratégico".

O chanceler destacou ainda a necessidade de localizar toda a cadeia produtiva de valor na Alemanha, defendendo incentivos à construção de alternativas aos altos-fornos clássicos, e instou a Comissão Europeia a agir para proteger as empresas europeias da concorrência alegadamente desleal de países como a China, que acusa de vender com prejuízo.

O responsável alemão disse também não excluir a possibilidade de um resgate da divisão siderúrgica do grupo industrial alemão Thyssenkrupp que, em novembro, anunciou a intenção de cortar ou realocar até 2030 cerca de 11 mil postos de trabalho, de um total de 27 mil, e encerrar a fábrica de Kreuztal- Eichen.

Segundo dados da agência federal de estatística alemã (Destatis), no terceiro trimestre deste ano, as encomendas da indústria siderúrgica caíram 9,4% face ao trimestre anterior e 9,7% face ao mesmo período do ano anterior.

A crise na indústria siderúrgica alemã resulta, nomeadamente, do aumento dos preços da energia na sequência da guerra entre Rússia e Ucrânia e da queda no volume de vendas.

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