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FMI prevê desemprego estrutural acima de 14% em 2017
Segundo o relatório do Artigo IV do FMI, a taxa de desemprego estrutural vai continuar a crescer nos próximos anos, não descendo abaixo dos 14% até 2017.
Depois de uma subida muito rápida da taxa de desemprego a partir de 2010, as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontam para uma recuperação bastante lenta do mercado de trabalho. As previsões oficiais do FMI apontam para uma ligeira descida da taxa de desemprego a partir do próximo ano, estimando que ela estará nos 14,3% em 2017. Em 2011, estava nos 12,7% e em 2009 nos 9,5%.
Por outro lado, o desemprego estrutural – que demora mais a reduzir e diz respeito ao desencontro entre a força de trabalho disponível e as necessidades das empresas – continuará a crescer nos próximos anos. Nos anos 90, esse indicador estava nos 5,5%, tendo aumentado para 8,5% na década seguinte. Actualmente, segundo o FMI, o desemprego estrutural está próximo dos 13%, devendo subir, pelo menos, até aos 14%.
Em 2017, o último ano para o qual há previsões, a taxa de desemprego deverá alinhar-se com o desemprego estrutural, o que significa que a descida passará a ser ainda mais lenta, a partir daí.
Hoje o secretário de Estado do Emprego sublinhou que o governo mantém as suas previsões de desemprego para este ano (16,4%), mas admitiu que as alterações estruturais na economia portuguesa podem fazer com que aumente mais.