O Instituto da Segurança Social (ISS) lançou um concurso para contratar de forma temporária 215 trabalhadores durante quatro anos. A candidatura a estas vagas, que passarão no próximo ano a oferecer 4,5 euros acima do salário mínimo, termina esta segunda-feira, dia 20 de dezembro.

Em causa estão vagas para recrutar assistentes técnicos por uma remuneração base de 703,13 euros brutos, que por força do aumento do salário mínimo decidido terá de subir (um pouco) para 705 euros brutos. O Negócios perguntou ao Instituto da Segurança Social se assim se será.

O concurso externo, para pessoas não vinculadas ao Estado, enquadra-se 1295 contratações autorizadas a propósito do PRR, e foi noticiado esta segunda-feira pelo Jornal de Notícias, que explicou que a esmagadora maioria dos empregos (82%) estão em Lisboa.

"O procedimento concursal visa o recrutamento por contrato de trabalho resolutivo a termo certo, pelo período de quatro (4) anos, sendo o recrutamento efetuado de entre trabalhadores sem relação jurídica de emprego público por tempo indeterminado previamente estabelecida", ou seja, sem ligação à administração pública, lê-se no aviso entretanto consultado pelo Negócios.

Escolha "urgente" por avaliação curricular

O concurso dirige-se a candidatos com o 12º ano, que terão "funções de natureza executiva, de aplicação de métodos e processos, com base em diretivas bem definidas e instruções gerais, de grau 2, de média complexidade, nas áreas de atuação comuns e instrumentais e nos vários domínios de atuação dos serviços".

"Todas as pessoas vão trabalhar em questões ligadas com a transição digital da Segurança Social, com vista à modernização do sistema de informação, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Estas contratações são financiadas pelo PRR", responde ainda fonte oficial do ISS.

A formalização das ofertas, que termina esta segunda-feira, dia 20 de dezembro, pode ser feita através da Bolsa do Emprego Publico, onde também estão detalhadas as condições.

O método de seleção escolhido é a avaliação curricular, sem entrevista, "atenta a urgência deste procedimento", como se lê na ata também citada pelo JN.

Serão ponderadas as habilitações académicas, a formação e a experiência profissional. Terão vantagem os candidatos que já trabalharam no Instituto da Segurança Social.

Também neste caso, a maioria dos postos de trabalho estão em Lisboa (78), mas há vagas abertas para todas as capitais de distrito, incluindo Porto (33), Castelo Branco (16), Faro (10), Aveiro (8), ou Setúbal (7), entre outros:

Lisboa – 78 postos de trabalho
Aveiro – 8 postos de trabalho
Beja – 2 postos de trabalho
Braga – 13 postos de trabalho
Bragança - 4 postos de trabalho
Castelo Branco – 16 postos de trabalho
Coimbra – 6 postos de trabalho
Évora – 5 postos de trabalho
Faro – 10 postos de trabalho
Guarda – 5 postos de trabalho
Leiria – 5 postos de trabalho
Portalegre – 4 postos de trabalho
Porto – 33 postos de trabalho
Santarém – 7 postos de trabalho
Setúbal – 7 postos de trabalho
Viana do Castelo – 2 postos de trabalho
Vila Real – 3 postos de trabalho
Viseu – 7 postos de trabalho

 

Notícia atualizada às 21:17 com a resposta do Instituto da Segurança Social (ISS), que indica que o valor da oferta será atualizado com base nos aumentos da Função Pública.