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Número de desempregados estabiliza nos 407 mil em julho

O desemprego registado aumentou 0,2% em julho face ao mês anterior, continuando na casa dos 407 mil.

Carolina Cravinho/Negócios
Negócios 20 de Agosto de 2020 às 10:42
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O número de pessoas desempregadas inscritas nos centros de emprego do IEFP aumentou 0,2% em julho face ao mês anterior, para 407.302, o que aponta para uma estabilização já que em junho a variação também tinha sido muito ténue (queda de 0,6% face a maio para 406.665).

Se na evolução em cadeia o desemprego está a estabilizar, na comparação homóloga os aumentos são bem acentuados, refletindo o forte agravamento em março e abril devido à pandemia.


Face ao mês de julho do ano passado, o número de desempregados aumentou em 110.012, o que traduz uma subida de 37%.

Os dados disponibilizados pelo IEFP mostram que o crescimento do desemprego foi abrangente em termos de género, faixas etárias e nível de formação, mas mais acentuado entre as "mulheres, os adultos com idades iguais ou superiores a 25 anos, os inscritos há menos de um ano, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o secundário", lê-se no boletim.

Em termos regionais, é possível observar que o desemprego registado subiu na generalidade das regiões, com exceção da Região Autónoma dos Açores, onde o número de inscritos nos centros de emprego do IEFP até desceu ligeiramente (-1,4%) face a julho de 2019.

No extremo oposto, o aumento mais expressivo foi registado no Algarve - uma região fortemente abalada pelo impacto da pandemia no turismo - que assistiu a uma subida de 216,1% no desemprego registado.

No relatório divulgado esta quinta-feira é indicado também que o desemprego cresceu nos três setores de atividade económica face ao mês homólogo de 2019, sendo que o dos serviços foi o mais "castigado": o desemprego neste setor disparou 47,4% face a julho do ano passado.

A nota detalha que a desagregação deste setor de atividade económica "permite observar que as subidas percentuais mais acentuadas, por ordem decrescente, se verificaram nas atividades de "Alojamento, restauração e similares" (+96,7%), "Transportes e armazenagem" (+70,6%) e "Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio" (+56,5%)".

No final do mês, as ofertas de emprego por satisfazer totalizavam 12.705, uma queda de 34,2% em relação a julho do ano passado, mas um aumento de 6,5% face a junho.

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