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José Abraão candidata-se à liderança da UGT

O secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP), José Abraão, vai candidatar-se à liderança da UGT, anunciou esta quinta-feira em carta aos dirigentes das estruturas sindicais da central, apelando à unidade, em prol da qual pretende trabalhar.

16 de Setembro de 2021 às 20:33
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Em declarações à agência Lusa, José Abraão disse que esperou pelo final da reunião de hoje do secretariado nacional da UGT, para comunicar aos seus congéneres que vai avançar com a candidatura a secretário-geral da UGT, porque não quis perturbar a discussão da política reivindicativa para 2022.

"Esperei que a UGT divulgasse publicamente a política reivindicativa para 2022, que é um documento muito importante para salvaguardar os direitos dos trabalhadores do setor público e do privado, e só depois confirmei aos meus pares a minha total disponibilidade para ser candidato a secretário-geral, caso os meus camaradas da tendência sindical socialista assim o entendam", afirmou.

Na carta, explicou que a candidatura surgiu da sua convicção de que pode "contribuir para o enriquecimento da grande central sindical que é a UGT, com a promoção do debate plural e do envolvimento de todos na determinação das linhas orientadoras".

O sindicalista considerou que todos são necessários para reforçar o projeto da UGT "sempre inacabado, de defesa dos trabalhadores.

"Para isso conto com todos os sindicatos, uniões, federações e estruturas autónomas", disse.

Abraão salientou no mesmo texto os "tempos desafiantes e mobilizadores" em curso e os desafios que se precisam de vencer para melhorar as condições de vida e de trabalho.

O sindicalista considerou que a UGT tem de ser um parceiro social cada vez mais empenhado no diálogo social e na negociação, "reforçando o papel de uma central sindical plural e democrática".

Defendeu ainda a necessidade de reforçar o movimento sindical, nomeadamente mobilizando os jovens para participar na vida sindical.

Na carta, o dirigente da FESAP lembrou a criação da UGT, com o movimento Carta Aberta, na qual participou, e o papel que a central tem assumido na sociedade.

Quando há cerca de ano e meio o atual secretário-geral da UGT reafirmou que não se recandidatará à liderança da central, José Abraão manifestou a sua disponibilidade para se candidatar, mas dependente do que for decidido no congresso da tendência sindical socialista, marcado para novembro.

No entanto, o dirigente da FESAP está otimista porque tem vindo a contactar com sindicatos da UGT, "que não têm oferecido qualquer resistência" à sua candidatura.

José Abraão assegurou à Lusa que, se for eleito, tem "disponibilidade total e a tempo inteiro para a UGT e para os trabalhadores".

"Acredito que o sindicalismo é essencial para reforçar a democracia e tenho disponibilidade total para trabalhar em prol dos interesses dos trabalhadores e da UGT", disse.

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