Notícia
Governo quer analisar impacto da revolução tecnológica no trabalho
O ministro Vieira da Silva anunciou a vontade de criar em breve uma estrutura para analisar o impacto da inovação e da revolução tecnológica no mercado de trabalho "que contará com o apoio da Concertação Social."
19 de Outubro de 2016 às 20:41
O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, comprometeu-se esta quarta-feira, 19 de Outubro, a criar uma estrutura para analisar de forma aprofundada o impacto da revolução tecnológica no mercado de trabalho, que contará com o apoio da Concertação Social.
"Assumo o compromisso de que rapidamente teremos em Portugal uma estrutura para fazer uma análise aprofundada sobre o impacto da inovação e da revolução tecnológica no mercado de trabalho, que contará com o apoio da Concertação Social", disse José António Vieira da Silva no encerramento de uma conferência sobre o futuro do trabalho, que decorreu hoje, em Lisboa.
O governante considerou que o modelo alemão de espaço de reflexão sobre o mercado de trabalho "é um bom modelo, que podia ser replicado em Portugal".
O Futuro do Trabalho esteve em debate ao longo do dia numa conferência internacional realizada no âmbito das comemorações do centenário do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
O efeito da revolução tecnológica no mercado e nas relações laborais foi um dos temas em discussão e levou o ministro do Trabalho a defender a aposta na qualificação como forma de enfrentar os riscos inerentes à inovação.
Vieira da Silva, enquanto economista, referiu que em todas as revoluções industriais a destruição de emprego foi inferior à criação de postos de trabalho, o que o leva crer que possa a acontecer o mesmo com a da inovação tecnológica.
"Nem que seja pelas novas necessidades sociais que surgem", disse o ministro, dando como exemplo o turismo, que actualmente está generalizado, quando há umas décadas apenas era acessível a uma minoria.
O governante não desprezou, no entanto, o risco de destruição de emprego com o avanço da tecnologia, mas referiu que a manutenção de determinados postos de trabalho será uma questão de opção e lembrou, a propósito, o facto de continuarem a existir nos Estados Unidos as funções de ascensorista e de empregado de bomba de gasolina, que praticamente desapareceram na Europa.
A utilização crescente da inteligência artificial e da automatização, no âmbito da inovação tecnológica, foi apontada pelos participantes da última mesa redonda como um risco para a redução do mercado de trabalho, cada vez mais rendido ao digital.
"Assumo o compromisso de que rapidamente teremos em Portugal uma estrutura para fazer uma análise aprofundada sobre o impacto da inovação e da revolução tecnológica no mercado de trabalho, que contará com o apoio da Concertação Social", disse José António Vieira da Silva no encerramento de uma conferência sobre o futuro do trabalho, que decorreu hoje, em Lisboa.
O Futuro do Trabalho esteve em debate ao longo do dia numa conferência internacional realizada no âmbito das comemorações do centenário do Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
O efeito da revolução tecnológica no mercado e nas relações laborais foi um dos temas em discussão e levou o ministro do Trabalho a defender a aposta na qualificação como forma de enfrentar os riscos inerentes à inovação.
Vieira da Silva, enquanto economista, referiu que em todas as revoluções industriais a destruição de emprego foi inferior à criação de postos de trabalho, o que o leva crer que possa a acontecer o mesmo com a da inovação tecnológica.
"Nem que seja pelas novas necessidades sociais que surgem", disse o ministro, dando como exemplo o turismo, que actualmente está generalizado, quando há umas décadas apenas era acessível a uma minoria.
O governante não desprezou, no entanto, o risco de destruição de emprego com o avanço da tecnologia, mas referiu que a manutenção de determinados postos de trabalho será uma questão de opção e lembrou, a propósito, o facto de continuarem a existir nos Estados Unidos as funções de ascensorista e de empregado de bomba de gasolina, que praticamente desapareceram na Europa.
A utilização crescente da inteligência artificial e da automatização, no âmbito da inovação tecnológica, foi apontada pelos participantes da última mesa redonda como um risco para a redução do mercado de trabalho, cada vez mais rendido ao digital.