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Número de desempregados sobe ligeiramente para metade do registado no auge da crise
O número de desempregados inscritos subiu ligeiramente de Outubro para Novembro, o que segundo o Governo é “normal” nesta altura do ano. Mesmo assim, corresponde a cerca de metade do que era no pico de 2013. As ofertas e as colocações estão a cair.
O número de desempregados registados nos centros de emprego aumentou ligeiramente de Outubro para Novembro (0,2%) e as novas inscrições também. Mesmo assim, o número agora registado – 335 mil – corresponde a menos de metade dos que existia há cinco anos, no auge da crise.
Em termos homólogos, o número de desempregados registados no final do mês regista uma quebra de 17,4%, significativa, embora inferior às reduções que eram registadas no período de Verão.
"Para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2017, contribuíram todos os grupos" de desempregados, explica o Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), na síntese publicada esta quarta-feira.
Já o Governo desvaloriza a subida mensal que é "habitual nesta altura do ano". De acordo com o Ministério do Trabalho em 24 dos últimos 30 anos o desemprego aumento entre os meses de Outubro e Novembro, com uma variação mensal média de 1%.
Ofertas e colocações caem
Numa altura em que se fala de escassez de mão-de-obra – um problema referido pelo ministro do Trabalho, Vieira da Silva, na segunda-feira, na apresentação do balcão único do emprego – o IEFP está a captar menos ofertas de trabalho.
Ao longo do mês de Novembro recebeu 9,4 mil ofertas, o que representa uma quebra de 8% em termos homólogos e de 26,7% em relação ao mês anterior.
Na síntese agora publicada o IEFP explica que as actividades com maior expressão nas ofertas recebidas pertencem às actividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio (25%), ao comércio por grosso e a retalho (10,8%) e ao sector que inclui a administração pública, a educação e actividades de saúde (9%).
As colocações também estão a cair. No mês de Novembro foram 6,8 mil, numa redução de 8,3% em termos homólogos e de 11,9% face ao mês anterior.
Trabalhadores não qualificados (30%), dos serviços de segurança e vendedores (20%) e trabalhadores qualificados da indústria ou construção (14%) são as profissões onde as colocações feitas através do IEFP têm mais peso.
Notícia actualizada às 11:13 com mais informação