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Portugueses dão razão aos professores. Greve divide mais

Quase quatro em cada cinco inquiridos considera que os professores têm razão para estar insatisfeitos. Maioria também concorda com a duração da greve, mas aqui as opiniões dividem-se mais.

Mariline Alves
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Quase 80% dos portugueses considera que os professores têm razão para estar "tão insatisfeitos", e apenas 15% acha que não, de acordo com os resultados do barómetro da Intercampus para o Negócios, o CM e a CMTV.

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Os dados mais detalhados mostram que a compreensão quanto às queixas dos professores é maior do que a média entre as mulheres (82%) entre as pessoas mais jovens, de 18 a 34 anos (80%), em Lisboa e no Algarve (82%).

A maioria dos inquiridos também está de acordo com a frequência das greves e das manifestações, embora neste caso haja uma maior divisão.

Assim, se 51,7% concorda, 42,9% considera que os protestos estão a ir longe demais.



Olhando para os dados mais detalhados, é neste caso superior à média o número de homens que concorda com a frequência das greves e manifestações (52%), voltando a registar-se uma percentagem mais alta entre os que dizem que concordam em Lisboa (57%) e no Algarve (63%).

As greves e manifestações de professores, organizadas por diferentes estruturas sindicais (STOP, Fenprof e SIPE), decorrem desde dezembro e assumiram uma dimensão inesperada, tendo levantado questões jurídicas sobre os limites à organização e execução da greve que ainda hoje se debatem.

A vinculação dos docentes contratados a prazo nalguns casos há vinte anos e a recuperação do tempo de serviço que não foi contabilizado para efeitos de progressão são algumas das principais reivindicações dos docentes. A intenção de alterar o modelo de contratação, que deixaria de depender da antiguidade, segundo chegou a admitir o Governo, também gerou uma onda de contestação.

Ficha técnica

Objetivo: Sondagem realizada pela Intercampus para o Negócios, CM e CMTV, com o objetivo de conhecer a opinião dos portugueses sobre diversos temas da política nacional, incluindo a intenção de voto em eleições legislativas. Universo: População portuguesa, com 18 e mais anos de idade, eleitoralmente recenseada, residente em Portugal Continental. Amostra: A amostra é constituída por 602 entrevistas, com distribuição proporcional por género, idade e região. Seleção da amostra: A seleção do lar fez-se através da geração aleatória de números de telefone fixo / móvel. No lar a seleção do respondente foi realizada através do método de quotas de género e idade (3 grupos). Foi elaborada uma matriz de quotas por Região (NUTSII), género e idade, com base nos dados do Recenseamento Eleitoral da População Portuguesa (31/12/2020) da Direção Geral da Administração Interna (DGAI). Recolha da Informação: A informação foi recolhida através de entrevista telefónica, em total privacidade. Os trabalhos de campo decorreram de 3 a 10 de fevereiro de 2023. Margem de Erro: O erro máximo de amostragem deste estudo, para um intervalo de confiança de 95%, é de 4%. Taxa de Resposta: A taxa de resposta obtida neste estudo foi de: 60,7%.


 

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