Criar o próprio emprego | Um número crescente de candidatos faz um MBA para lançar empresas.


Tempos exigentes e competitivos exigem profissionais bem preparados. "As qualificações em gestão são o principal factor de competitividade", salienta Álvaro Nascimento, director da Católica Porto Business School. Quem faz um MBA está, à partida, melhor preparado para analisar problemas de uma perspectiva diferente e tomar melhores decisões. "A proposta de valor para a empresa ao contratar um MBA é maior, pois permite-lhe aceder às mais recentes metodologias de gestão, e proporciona uma visão mais aprofundada da gestão global do negócio", diz Guilhermina Vaz Monteiro, da Horton International.

Um estudo recente do Executive MBA Council confirma que o MBA continua a render dividendos. Vocacionada para os EMBA (part-time), a sondagem Student Exit Benchmarking revela um aumento de 16,3% nos pacotes de salários e bónus dos alunos, entre o início e a conclusão do programa. Esta é uma prova irrefutável da confiança do mercado.

Um estudo recente confirma que o MBA continua a render dividendos a quem o faz. Executive MBA Council

Em Portugal, as escolas disparam dados sobre os ganhos que os diplomados obtêm, e que não se limitam aos incrementos salariais: Mais de 30% dos alunos do The Lisbon MBA International trocaram de país após o curso, e 80% dos que frequentaram o The Magellan MBA mudaram de funções, empresa ou mesmo de geografia.

MBA é relevante no CV
"O MBA pode ser relevante no actual ambiente de incerteza e, de facto, a melhor resposta à turbulência na economia passa por desenvolver novas competências", salienta Guilhermina Vaz Monteiro. Contudo, esta especialista alerta que, só por si, o MBA pode não ser a chave mágica para o sucesso na carreira ou na procura de emprego. Na realidade, esse não será o problema para o crescente número de candidatos que procura estes programas para ganhar competências e motivação para criar o seu próprio posto de trabalho. Esta é uma tendência apontada por todas as escolas. A Católica Porto Business School e a EGP-UPBS destacam que 20% dos graduados lançaram empresas.

O MBA continua a abrir portas, pois funciona como um selo da qualidade do recrutado. Nos Estados Unidos, as empresas estão de volta às escolas de negócios para recrutar. Um regresso que se nota em praticamente todas as indústrias, apesar de o sector financeiro já não ter o peso que teve no passado. Em Portugal, José Bancaleiro, da EG&N não tem dúvidas da relevância do MBA no currículo: "Em tempos exigentes e cada vez mais competitivos, isso poderá ser determinante na escolha entre dois candidatos similares".