Notícia
ISCTE vai instalar quinta escola em Sintra, focada em cursos ligados à tecnologia
A quinta escola do instituto universitário será instalada na Portela de Sintra. A cedência de um terreno para a construção da escola já foi aprovada pela Assembleia Municipal de Sintra.
O ISCTE - Instituto Universitário de Lisboa vai contar com uma quinta escola, focada na área das tecnologias digitais. As novas instalações vão ficar na Portela de Sintra, transformando-se na "primeira instituição universitária na coroa norte da Área Metropolitana de Lisboa". A partir de 2026, após a construção da escola e da aprovação dos cursos, o ISCTE prevê acolher entre 2.500 a 3 mil estudantes neste novo pólo.
A Assembleia Municipal de Sintra já deu luz verde à cedência de um terreno na Portela de Sintra, situado a cinco minutos da estação de comboio que faz a ligação à capital, detalha o comunicado. A construção destas instalações vai ser concretizada no âmbito de uma parceria com a Câmara de Sintra, presidida por Basílio Horta, que prevê ainda "o apoio às despesas de desenvolvimento do projeto".
Na mesma nota, o ISCTE explica que a nova escola - designada ISCTE-Sintra - será uma escola de tecnologias digitais aplicadas, que disponibilizará "dez cursos que combinam ciências digitais com arte, património, tecnologias educativas, gestão, indústria, serviços e cibersegurança".
"No concelho de Sintra registam-se particulares dificuldades de acesso dos jovens ao ensino superior precisamente pelo défice de oferta de ensino de proximidade e pela ausência de instituições universitárias e politécnicas em toda a coroa norte da AML", explica Maria de Lurdes Rodrigues, reitora do ISCTE. "Na região Norte há uma maior dispersão da oferta de ensino superior; são cerca de 56% os estudantes que frequentam as instituições da cidade do Porto; mas em Lisboa a concentração na cidade é de 83%", compara a reitora.
"Como esta centralização nunca foi combatida por políticas públicas, o ISCTE, em colaboração com a Câmara Municipal de Sintra e o Conselho Estratégico Empresarial, decidiu iniciar uma política de proximidade dirigida à maior bolsa de jovens da sua zona de influência, incentivando-os a prosseguirem a formação académica".
Novo pólo permitirá aumentar as oportunidades de formação no concelho
Maria de Lurdes Rodrigues realça que Sintra é o município do país com maior número de população entre os 15 e os 24 anos, mas que a percentagem de jovens que frequenta o ensino superior é "uma das mais baixas da área metropolitana". "Com estes dados demográficos seria expectável que Sintra tivesse uma forte oferta de instituições de ensino superior, mas, incompreensivelmente, não é o caso. A Academia da Força Aérea e a Universidade Católica são os únicos estabelecimentos de ensino superior atualmente em funcionamento no concelho. Ora, o ISCTE quer estar onde estão os jovens, onde estão as pessoas."
A reitora acredita que, através deste novo pólo, será possível aumentar as oportunidades de formação e carreira profissional dos jovens de Sintra e municípios próximos. "Através de uma escola especializada em Tecnologias Digitais Aplicadas haverá uma aproximação entre o ensino, a atividade económica e o tecido social da região", afirma Maria de Lurdes Rodrigues.
"O ISCTE está empenhado em aumentar o nível de qualificação dos portugueses em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), uma área que foi identificada como prioritária, ao nível europeu e nacional, dados os desafios da transição digital que enfrentam as empresas e as entidades públicas e as dificuldades em recrutar os profissionais de que precisam."
A aposta na transição digital e formação de competências é uma das principais apostas da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia. Também o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), proposto por Portugal a Bruxelas, tem uma forte componente ligada ao desenvolvimento de competências digitais e aposta na tecnologia.
ISCTE absorve uma parte dos formandos do programa UpSkill
O instituto universitário descreve esta nova escola como a "primeira do país especializada em tecnologias digitais". A oferta formativa, que ainda terá de ser aprovada pela A3ES (Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior), vai conter 8 a 10 cursos de licenciatura no arranque da escola, em áreas como a indústria e serviços, inteligência artificial, desenvolvimento de software e cibersegurança.
Neste momento, o ISCTE é já responsável pela formação de uma significativa fatia dos formandos do programa UpSkill, que pretende dotar mais portugueses de competências na área digital. O programa, lançado pelas mãos da APDC, IEFP e pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), com a participação de diversas empresas, já formou 230 programadores através do ISCTE. Após o período de formação, o programa contém um período de estágio em contexto laboral, numa das várias empresas que participam no UpSkill.
Nesta primeira edição, as formações disponibilizadas pelo ISCTE já decorreram em Sintra, nas instalações da StartUp Sintra. Até que a nova escola esteja construída e a oferta formativa aprovada, será nessas instalações que continuarão a ser disponibilizados "cursos de pós-graduação, custos técnico superior profissionais (CTESP) e e outros que permitam dinamizar a formação superior no concelho de Sintra, em articulação com entidades empregadoras locais", indica o ISCTE.
A Assembleia Municipal de Sintra já deu luz verde à cedência de um terreno na Portela de Sintra, situado a cinco minutos da estação de comboio que faz a ligação à capital, detalha o comunicado. A construção destas instalações vai ser concretizada no âmbito de uma parceria com a Câmara de Sintra, presidida por Basílio Horta, que prevê ainda "o apoio às despesas de desenvolvimento do projeto".
"No concelho de Sintra registam-se particulares dificuldades de acesso dos jovens ao ensino superior precisamente pelo défice de oferta de ensino de proximidade e pela ausência de instituições universitárias e politécnicas em toda a coroa norte da AML", explica Maria de Lurdes Rodrigues, reitora do ISCTE. "Na região Norte há uma maior dispersão da oferta de ensino superior; são cerca de 56% os estudantes que frequentam as instituições da cidade do Porto; mas em Lisboa a concentração na cidade é de 83%", compara a reitora.
"Como esta centralização nunca foi combatida por políticas públicas, o ISCTE, em colaboração com a Câmara Municipal de Sintra e o Conselho Estratégico Empresarial, decidiu iniciar uma política de proximidade dirigida à maior bolsa de jovens da sua zona de influência, incentivando-os a prosseguirem a formação académica".
Novo pólo permitirá aumentar as oportunidades de formação no concelho
Maria de Lurdes Rodrigues realça que Sintra é o município do país com maior número de população entre os 15 e os 24 anos, mas que a percentagem de jovens que frequenta o ensino superior é "uma das mais baixas da área metropolitana". "Com estes dados demográficos seria expectável que Sintra tivesse uma forte oferta de instituições de ensino superior, mas, incompreensivelmente, não é o caso. A Academia da Força Aérea e a Universidade Católica são os únicos estabelecimentos de ensino superior atualmente em funcionamento no concelho. Ora, o ISCTE quer estar onde estão os jovens, onde estão as pessoas."
A reitora acredita que, através deste novo pólo, será possível aumentar as oportunidades de formação e carreira profissional dos jovens de Sintra e municípios próximos. "Através de uma escola especializada em Tecnologias Digitais Aplicadas haverá uma aproximação entre o ensino, a atividade económica e o tecido social da região", afirma Maria de Lurdes Rodrigues.
"O ISCTE está empenhado em aumentar o nível de qualificação dos portugueses em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), uma área que foi identificada como prioritária, ao nível europeu e nacional, dados os desafios da transição digital que enfrentam as empresas e as entidades públicas e as dificuldades em recrutar os profissionais de que precisam."
A aposta na transição digital e formação de competências é uma das principais apostas da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia. Também o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), proposto por Portugal a Bruxelas, tem uma forte componente ligada ao desenvolvimento de competências digitais e aposta na tecnologia.
ISCTE absorve uma parte dos formandos do programa UpSkill
O instituto universitário descreve esta nova escola como a "primeira do país especializada em tecnologias digitais". A oferta formativa, que ainda terá de ser aprovada pela A3ES (Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior), vai conter 8 a 10 cursos de licenciatura no arranque da escola, em áreas como a indústria e serviços, inteligência artificial, desenvolvimento de software e cibersegurança.
Neste momento, o ISCTE é já responsável pela formação de uma significativa fatia dos formandos do programa UpSkill, que pretende dotar mais portugueses de competências na área digital. O programa, lançado pelas mãos da APDC, IEFP e pelo Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), com a participação de diversas empresas, já formou 230 programadores através do ISCTE. Após o período de formação, o programa contém um período de estágio em contexto laboral, numa das várias empresas que participam no UpSkill.
Nesta primeira edição, as formações disponibilizadas pelo ISCTE já decorreram em Sintra, nas instalações da StartUp Sintra. Até que a nova escola esteja construída e a oferta formativa aprovada, será nessas instalações que continuarão a ser disponibilizados "cursos de pós-graduação, custos técnico superior profissionais (CTESP) e e outros que permitam dinamizar a formação superior no concelho de Sintra, em articulação com entidades empregadoras locais", indica o ISCTE.