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FNE: Contratação de 250 funcionários não-docentes é "reforço significativo", mas insuficiente
O secretário-geral da Federação Nacional da Educação (FNE) classificou como "reforço significativo" a contratação de 250 funcionários não-decentes para as escolas, embora o considere "tardio e insuficiente".
O Ministério da Educação anunciou hoje a contratação de mais 250 assistentes operacionais para as escolas, um reforço que visa "responder a necessidades prementes indicadas pelos estabelecimentos de ensino" para o próximo ano lectivo.
Cabe agora aos estabelecimentos de ensino lançar os concursos para a sua contratação, informou o Ministério da Educação em comunicado.
Em declarações à agência Lusa, o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva, considerou a medida positiva, mas tardia e "insuficiente, porque as necessidades das escolas são muito maiores".
"Esta medida é positiva porque é indispensável, mas é tardia porque não vai resolver os problemas logo no início do ano lectivo", uma vez que "os processos de contratação são demorados" e têm de ser desenvolvidos pelas escolas, explicou.
Também "é insuficiente" porque seriam necessários 2.000 funcionários e, "ainda não dá uma resposta definitiva a outros tipos de necessidades que surgem nas escolas e que deveriam ser superadas através de bolsas de trabalhadores", defendeu João Dias da Silva.
Segundo o dirigente da FNE, estas bolsas de trabalhadores iriam permitir substituir os funcionários que têm de faltar por diversas razões. "São tão poucos os que existem nas escolas que a insuficiência traz sempre dificuldades ao funcionamento das escolas", frisou.
A contratação de mais assistentes operacionais era uma reivindicação de directores e sindicatos, que, ao longo do último ano lectivo, promoveram manifestações e greves, tendo por base essa exigência.
O ministério afirma, no comunicado, que "está, neste momento, em fase de conclusão a revisão da portaria do rácio de alunos por assistente operacional - uma vontade há muito manifestada pelas escolas - com a qual o actual Governo se empenhou".
O ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, já tinha garantido em maio, no parlamento, que haveria no próximo ano lectivo um reforço do número de assistentes operacionais nas escolas.